quarta-feira, 20 de março de 2013


 

14 Comentários para “A onça-pintada contra a energia eólica”.



Matéria importantíssima!
A parte ruim é reconhecer o quão falho é nosso sistema político, visto que Ministério do Meio Ambiente investiu em um projeto intitulado “Áreas prioritárias para a conservação da Caatinga”, este projeto apontou onde estavam as áreas com maior importância biológica e ainda aquelas áreas prioritárias para investigação científica.
No entanto o Ministério de Minas e Energia ignorou completamente a informação fornecida pelo MMA e tem instalado seus parques eólicos exatamente nas áreas apontadas como detentoras de alta diversidade biológica pelo projeto supracitado. Projeto este que foi mais além, nele existe a recomendação da criação de uma unidade de conservação em prazo urgente para esta área (Há exatos 10 anos).
O que nos faz questionar porque o MME pode atropelar as recomendações do MMA visto que ambos são hierarquicamente similares? Porque o Parque Nacional Do Boqueirão da Onça ainda não saiu do papel, já que há recomendação do MMA para a criação de uma Unidade de Conservação no local?
Tudo isto é quase tão lamentável quanto o comentário do pobre Waldir, possivelmente a opinião dos senhores tomadores de decisões seja tão minúscula quanto aquela que esta criatura expôs.


Desde muito tempo existem esforços de pesquisadores que apontam a área do Boqueirão da Onça como prioritária para conservação da biodiversidade. Não se trata somente da conservação da onça-pintada – se trata da conservação de uma área de Caatinga onde ainda estão estabelecidos muitos processos ecológicos que mantém a frágil biodiversidade desse bioma. Para a área em questão são conhecidas espécies endêmicas de aves e populações únicas de animais que ainda resistem aos danos antrópicos. Infelizmente a biodiversidade da Caatinga a cada dia vem sendo devastada por ações humana que visam somente o lucro (e o lucro imediato) concentrado na mão de empresários ricos e interesses governamentais. É engraçado como sempre o Nordeste brasileiro e a Caatinga foram tidos como não produtivas e desprovidas de valor econômico – agora as grandes empresas de energia vem justamente para essas áreas? essas desculpa barata de que nossa terra não é importante é entendida quando grandes empreendimentos vem se instalar aqui – serve como uma desculpa para supressão de vegetação e consequente rompimento das interações ecológicas e extinções. É incrível como para criar uma unidade de conservação, que é de extrema importância para a sobrevivência de espécies animais e vegetais, existam tantos empecilhos e descaso. Quando se fala em lucro os empecilhos deixam de existir e todo esforço de anos dos pesquisadores é soterrado em apenas poucos meses – o projeto de instalação das torres de energia eólica foi da noite para o dia aprovado, ignorando todo o histórico para a instalação do parque nacional e muito mais, mostrando que o país pouco se preocupa com as questões ambientais, principalmente do semiárido nordestino. Mas é lamentável: o pouco que resta desse bioma, de espécies endêmicas e populações de animais que ainda persistem pela sobrevivência nesse local estão se extinguindo – algo deve ser feito urgentemente!


Muito bem colocado Joyce. São 10 anos de estudos que comprovam, sem contestação, o valor biológico da região do Boqueirão da Onça. E esse valor vai mais além da biodiversidade, atinge nossa história devido as pinturas rupestres encontradas em toda a região, que já pode estar, em número, maior do que as encontradas na Serra da Capivara. Triste é perceber a falta de manifestação dos arqueólogos com relação à isto. Enfim, uma região cuja riqueza favorece as condições de vida dos moradores locais e enriquecem nossa história e conhecimento atual… não pode simplesmente sumir do mapa.


Uirá Siqueira:
13 março, 2013 as 20:11
Muito boa matéria!!!


13:29, 4/03/2013

Redação Época



No interior da Bahia, próximo ao local onde o Rio São Francisco foi barrado para a construção da hidrelétrica de Sobradinho, existe um santuário de conservação da Caatinga. O Boqueirão da Onça é uma região de mais de um milhão de hectares de vegetação nativa bem conservada, com poucos povoados humanos e uma biodiversidade muito grande para os padrões do semi-árido brasileiro. Há registros da existência da arara-azul-de-lear, uma espécie classificada como Vulnerável e, em 2006, descobriu-se que a área possui uma das poucas populações de onça ainda existentes da Caatinga. A onça é classificada como Criticamente em Perigo no bioma. Além disso, o Boqueirão possui as duas maiores cavernas da América Latina. Todas essas características fizeram com que a região fosse considerada prioritária para a conservação no Brasil.

Ambientalistas reivindicam a criação de uma unidade de conservação no local, e um projeto para transformar o Boqueirão em Parque Nacional existe desde 2002. No entanto, enquanto o projeto não anda, pesquisadores temem que esse santuário de conservação possa estar ameaçado, ironicamente, por outro campeão ambiental: a energia dos ventos. As usinas eólicas não lançam gases poluentes que causam o aquecimento global. Mas a sua construção também causa impacto – usa-se concreto, ferro, e muitas vezes é preciso derrubar a mata nativa para erguer as torres. Acontece que ao mesmo tempo que o Boqueirão da Onça é uma área prioritária para a conservação, é também uma das regiões com maior potencial de geração de energia pelo vento do Brasil.

Segundo Angela Kuczach, pesquisadora da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem, a instalação desses projetos eólicos não está sendo feita da forma adequada na região, o que coloca em risco não só onças e araras, como também a população local. “Ninguém é contra energia eólica. É energia limpa, não gera gases de efeito estufa. O problema é a forma que está sendo feito”, diz.

A pesquisadora voltou recentemente de uma viagem no local e encontrou um cenário preocupante. Estradas enormes foram abertas para transportar as torres, derrubando a mata nativa. Ainda não se sabe se a região suporta a construção dessas torres – a Caatinga é um bioma muito frágil, e qualquer mudança pode comprometer não apenas a biodiversidade como também a agricultura de subsistência da população. Mais preocupante ainda é a questão da água. Em uma região de pouca incidência de chuvas, a população local, que já conta com poucos recursos, vive com menos de 450 litros de água por família por semana. A construção das torres eólicas, no entanto, consome cerca de 150 mil litros de água. “Não existe uma avaliação sobre o quanto está sendo retirado de água da região. Não se sabe se essa água vai afetar as nascentes do Boqueirão da Onça, que abastecem toda a população do entorno, além da fauna e flora”, diz Angela.

A tese de que os parques eólicos estão sendo construídos sem o devido estudo de impacto ambiental é refutada pela Abeeólica, a associação das empresas do setor. Segundo Elbia Melo, presidente da associação, todos os empreendimentos passam por estudos ambientais antes mesmo de participar dos leilões do Ministério de Minas e Energia. “A empresa só consegue a licença depois de fazer um estudo muito apurado. O órgão licenciador não permite que parques eólicos sejam licenciados sem esse estudo”, diz.

Empreendimentos eólicos no Brasil desde 2009. A região do Boqueirão da Onça, no norte da Bahia, tem forte presença das eólicas. Plano Decenal de Energia/EPE

A desconfiança de ambientalistas é de que esses estudos foram feitos às pressas, já que a expansão das eólicas acontece com muita rapidez. O primeiro leilão de energia eólica do governo federal foi feito em 2009. Em menos de dois anos, mais de 50 torres foram erguidas em toda a Bahia. O Plano Decenal de Expansão de Energia, da EPE, mostra que a região de Boqueirão da Onça é um dos principais focos de eólicas no Estado. Já foram instalados 48 MW em Sobradinho, 86 MW em Sento Sé e 180 MW em Casa Nova. A expecativa é que, em 2016, o Nordeste tenha mais de 450 projetos em funcionamento, com 12 mil MW de potência instalada.

“Essas empresas de energia eólica são importantes, geram energia limpa, trazem recursos para uma das regiões mais pobres do país. Nós só queremos que esses projetos sejam feitos do jeito certo”, diz Angela. Para ela, a única forma de conciliar esse rápido crescimento das eólicas na região é transformar o Boqueirão da Onça em uma unidade de conservação o mais rápido possível. “O parque tem que ser decretado rápido, com 600 mil hectares no mínimo, para suportar a população das onças. Isso garantiria a conservação do local”, diz Angela. Segundo ela, se a área da unidade de conservação for muito pequena, a fauna teria dificuldades para encontrar água e comida, e a região poderia se transformar em uma floresta vazia.

A proposta de criação do Parque Nacional do Boqueirão da Onça existe desde 2002. O projeto inicial previa a criação de uma unidade de conservação com mais de um milhão de hectares. A proposta não andou, e só foi retomada em 2008, quando foram feitas consultas públicas com a população local.

No projeto atual, o parque nacional foi substituído por um mosaico com três unidades de conservação que somam cerca de 850 mil hectares. Desses, apenas 320 mil hectares continuam com a proteção integral. 106 mil hectares foram definidos como monumento natural, onde estão as cavernas, e 423 mil foram definidos como Área de Proteção Ambiental (APA). Essa classificação permite a manutenção de atividades produtivas. Segundo o ICMBio, a mudança foi feita para evitar conflitos com a população e permitir a existência de atividade econômica – incluindo as usinas eólicas – na região. O instituto promete encaminhar o projeto ao Ministério do Meio Ambiente no final de março. A partir de então, caberá ao ministério decidir enviar o parque ao gabinete da presidente Dilma Rousseff. É importante que o parque saia do papel, porque o Brasil precisa da energia dos ventos, mas não pode deixar de conservar suas cavernas, onças e araras.

Foto: Onça-pintada, espécie considerada criticamente em perigo na Caatinga. Trecho da capa do PAN Onça-pintada. Adriano Gambarini/ICMBio

(Bruno Calixto)

Barragem submersa garante água na seca do sertão de Pernambuco.


Engenheiro cria método que promove a irrigação e a regeneração do solo e transforma sua fazenda em um laboratório vivo


21 de novembro de 2012 | 2h 05

Angela Lacerda, enviada especial - O Estado de S.Paulo

Na pior seca das últimas décadas, em pleno sertão do Pajeú, em Pernambuco, a Fazenda Caroá, no município de Afogados da Ingazeira, a 390 quilômetros do Recife, não disputa carro-pipa. Na sua área, de 450 hectares, há água.
Leo Caldas/Estadão

Padilha diz que apenas observou e respeitou o comportamento da natureza na caatinga
De boa qualidade e guardada no subsolo, a água pode ser coletada nos "pontos de entrega", os bebedouros, distribuídos pela propriedade. Intitulado de Conceito Base Zero, o método de armazenagem, que promove a irrigação e regeneração do solo, foi criado pelo engenheiro José Artur Padilha, um estudioso do semiárido e da natureza: são as barragens submersas em leitos de rios secos.

Ele faz questão de frisar que nada criou, apenas "observou e respeitou o comportamento da natureza na caatinga", que tem como característica águas subterrâneas rasas e um elevado índice de evaporação.
A propriedade de Padilha funciona como um laboratório vivo - o Laboratório Base Zero Fazenda Caroá. Depois de décadas de pesquisa, o engenheiro chegou à essência do que buscava. "O aleijamento cultural nos impede de perceber obviedades", afirma ele.
O "óbvio" percebido pelo engenheiro é simples, barato - em relação a outras alternativas - e eficiente. Ele constrói barragens baixas, em forma de arco romano deitado, utilizando apenas pedras - sem cimento ou argamassa nem escavação para fundações - ao longo do leito seco. No período chuvoso, a sucessão de barramentos absorve e retém a água, que fica acumulada, a cerca de dez metros, no subsolo, para os períodos de estiagem. Os elementos trazidos pelas correntes das águas da chuva - a exemplo de minerais e materiais orgânicos - vedam os espaços entre as pedras e são decantados e sedimentados, permitindo a regeneração da biodiversidade.

Com a tática, o solo se recompõe e a vida animal é preservada. Sapos, abelhas e pássaros voltam a habitar a área. Nas terras que voltam a ser férteis, torna-se possível praticar a agricultura familiar - aliada ou não à criação de animais.
Na Fazenda Caroá, os bebedouros instalados no mesmo rumo dos barramentos estão sempre cheios, oferecendo água sem necessidade de bombas ou cataventos para puxá-la. A gravidade faz o serviço.

Ampliação.

Padilha tem mapeadas 418 microbacias hidrográficas nos 17 municípios do sertão do Pajéu. Mas ele assegura que o projeto pode ser replicado em todo o Estado de Pernambuco, em todo o semiárido e até no Brasil inteiro. "Sem exceção", assegura o engenheiro, que já comprovou o sucesso das barragens submersas mesmo em áreas de caatinga totalmente planas.
A sua fazenda se localiza ao pé de uma serra, com parte do terreno em área mais alta. "A lógica é a mesma, mas o modo de fazer é personalizado", diz, ao observar que o ideal é construir as barragens em período seco, preparando o solo para o ciclo chuvoso. Quem faz a experiência, segundo ele, vê o resultado depois da primeira chuva. "É algo mágico, o ambiente antes inóspito se torna produtivo", explica.
Padilha dispõe o método a quem se interessar e afirma que a tecnologia pode ser repassada numa capacitação de menos de quatro horas - e até mesmo a distância. Ele destaca que a evaporação no bioma caatinga é muito alta - média de 2,5 mil milímetros - levando barreiros, barragens e açudes a uma redução rápida da água armazenada.
"Não adianta brigar com o semiárido, qualquer coisa que se tente alterar é insensato", defende o engenheiro, ao reiterar que a estiagem é um fenômeno comum na região.
Padilha acredita em uma "revolução pacífica" para todo o semiárido nordestino com a adoção do Conceito Base Zero dentro de um planejamento de política pública. Ele observa que a mão de obra ociosa no período seco poderia ser usada para trabalhar na construção das barragens e sugere até um nome para a sua remuneração: "Bolsa Ecologia".
"Trata-se de uma questão fundamentalmente ecológica", avalia, defendendo um desenvolvimento efetivamente sustentável e produtivo. Incluído na Agenda 21 do Ministério do Meio Ambiente de 1999, o Conceito Base Zero nunca foi adotado por nenhum governo.


Agricultores separam grãos, preparam a terra e rezam para chuvas chegarem no Dia de São José


As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Agência Estadual de Gestão das águas (Aesa), não são animadoras e apontam que o dia poderá ser marcado apenas por pancadas de chuvas no Sertão e precipitações isoladas nas demais regiões.

Cidades | Em 19/03/13 às 06h55, atualizado em 19/03/13 às 12h14 | Por Daniel Mota, do Jornal Correio da Paraíba

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1Agricultor apela para Deus

Devotos de São José em 16 cidades paraibanas aproveitarão o dia do santo, que é comemorado hoje, para clamar por chuvas. Eles ainda têm fé que a seca acabe através de uma intervenção divina. Seguido a tradição milenar, alguns agricultores acreditam que hoje, choverá e já estão com grãos de milho e feijão separados para plantar, além de preparar a terra. No entanto, as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Agência Estadual de Gestão das águas (Aesa), não são animadoras e apontam que o dia poderá ser marcado apenas por pancadas de chuvas no Sertão e precipitações isoladas nas demais regiões. Assim como a Aesa, o Inmet também destaca que só para a previsão até o mês de maio serão chuvas abaixo da média.

No distrito de São José da Mata, distante 12 quilômetros de Campina Grande, o pároco da comunidade, padre Assis Meira, incorporou na programação festiva do padroeiro, todos os dias uma hora, para interceder ao santo exclusivamente por chuvas. “Diante dessa situação de seca, que tem trazido tantos problemas, a paróquia decidiu fazer um terço diário desde o dia 10 deste mês. Ele é o santo em que todos os fiéis depositam a fé em chuvas e acredito que hoje, assim como aconteceu em outros anos, o nosso padroeiro vai interceder, para que as coisas melhores”, disse o padre.

Mesmo diante de uma terra seca e com solo desgastado pelos efeitos da seca que já dura mais de um ano, o agricultor Florindo Elias de França, 74, acredita que o clima já está mudando e aproveitou a tarde de ontem, para observar uma área de 2 hectares, onde pretende plantar milho e feijão. “Já separei dois quilos de milho e dois de feijão que eram pra ter sido plantados ano passado, mas não teve chuvas. A terra tá muito seca, mas eu tenho fé no bom São José que hoje chove e que amanhã logo, já quero iniciar minha plantação”, desabafou.

Nas outras cidades, a situação se repete, a exemplo de Areial, no Agreste, onde o aposentado, João Medeiros da Silva, 62, também já iniciou o preparo da terra, confiando na interseção do santo. “Tá quente, ta seco, ta tudo difícil, mas a fé não acabou e enquanto há vida, há também esperança. Creio em meu Deus, que isso tudo vai mudar e São José vai mandar chuvas para melhorar as nossas vidas”, animou-se.

Para o meteorologista do Inmet, Ednaldo Correa, as previsões não são otimistas. O prognostico para o trimestre de março a maio é de poucas chuvas, sobretudo para o Sertão paraibano e com possibilidade de ficar dentro da normalidade no Litoral e Brejo.

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quinta-feira, 14 de março de 2013


Atingidos por barragem de Sobradinho ocupam rodovia e exigem direito a água


Da Comunicação do MAB

http://racismoambiental.net.br/2013/03/atingidos-por-barragem-de-sobradinho-ocupam-rodovia-e-exigem-direito-a-agua/

Na madrugada desta quarta-feira, 13 de março, cerca de mil atingidos pela barragem de Sobradinho ocuparam a BA 210, rodovia que liga a cidade de Paulo Afonso a Sento Sé, na Bahia. Os manifestantes reivindicam a responsabilidade social da CODEVASF, da CHESF e do Estado brasileiro com a pauta dos atingidos pela barragem de Sobradinho. Uma das principais reivindicações é o direito a água. A manifestação faz parte da Jornada nacional de lutas do Movimento dos Atingidos por Barragens, que ocorre nesta semana do 14 de março, considerado o Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida.

Há mais de 30 anos, os atingidos por Sobradinho foram expulsos da beira do rio São Francisco e relocados para as áreas de caatinga, sem nenhuma estrutura e hoje sofrem as graves consequências da violenta seca por que passa o nordeste brasileiro. “Quando a gente chegou nas novas áreas nem casa tinha, ficamos de baixo de lona uns seis meses. Com muita dificuldade construímos as nossas casas porque que a empresa não deu nada. Nós mulheres muitas vezes buscamos água na cabeça a três quilômetros, fazer comida foi muito sofrimento e até hoje sofremos porque a água não chegou”, reclamou dona Josefa, da comunidade de Brejo de Fora, município de Sento Sé.

Existe um projeto da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) de abastecimento de água, mas os atingidos afirmam que até agora é só promessa. “Estamos pagando até R$ 150 reais em um carro pipa de água, é muito difícil essa vida”, desabafou dona Josefa.

O caso da barragem de Sobradinho no norte da Bahia é um caso histórico de violação dos direitos humanos. Para a coordenadora do MAB, Fernanda Rodrigues, a ação desta manhã é um grande levante dos atingidos pela água.

“É inadmissível que as famílias expulsas da beira do rio para a geração de energia, que garante tanta riqueza, vivam nesta situação de miséria. A água é fonte de vida e um direito de todos, muitas famílias estão deixando de comprar comida para comprar água, isso é inadmissível. A CHESF, a CODEVASF e o Estado brasileiro precisam assumir a responsabilidade social que tem conosco”, concluiu Fernanda.

Os atingidos esperam que as ações de abastecimento de água aconteçam nas comunidades atingidas, enquanto isso permanecerão mobilizados até que a CODEVASF e os órgãos responsáveis se pronunciem no atendimento da pauta. Com a manifestação, os atingidos conseguiram uma audiência com a Codevasf para as 11 horas desta manhã.


Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

http://www.mst.org.br/content/atingidos-por-barragem-de-sobradinho-ocupam-rodovia-e-exigem-direito-%C3%A0-%C3%A1gua#.UUCzNBZCbVo.gmail

Fonte para edição no Rema
Ruben Siqueira
Comissão Pastoral da Terra / Bahia
Articulação Popular São Francisco Vivo


Lançamento do Fórum Suape – Espaço socioambiental

 

No dia 15 de março, sexta feira às 19 horas, na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho será o Lançamento do Fórum Suape – Espaço socioambiental, que terá como objetivos: a organização e mobilização popular; organização e promoção de debates, ciclos de conferencias, eventos culturais com exposições de fotos, vídeos; promover ações jurídicas junto ao Ministério Público contra as injustiças sociais e ambientais cometidas naquele território; interagir com outros movimentos (local, nacional e internacional) que defendem a justiça sócio-ambiental; e a construção de um “portal” para disseminação das informações.

 

A organização da sociedade civil em torno de um fórum permanente, além de discutir as questões atuais que estão sendo vivenciadas pelos moradores do entorno do Complexo, e seus reflexos para as gerações futuras; permitirá dar visibilidade aos problemas enfrentados por aquelas populações.

 

A promoção deste evento é de responsabilidade de mais de 20 organizações locais, regionais e nacionais, assim como pessoas físicas interessadas em discutir a implantação do Complexo de Suape, alardeado como uma oportunidade única para alavancar o crescimento econômico da região e do Estado de Pernambuco.

 

Iniciaremos o evento com a apresentação do Fórum Suape, vindo a seguir a apresentação do “portal”, finalizando esta primeira parte teremos a exibição de um vídeo sobre os atingidos pelo Complexo Industrial Portuário de Suape.

 

Na segunda parte será realizada uma mesa de debates. A Sra. Nivete Azevedo do Centro das Mulheres do Cabo (CMC) nos falara sobre a experiência do CMC na questão da violação dos direitos dos moradores do entorno do Complexo e o aumento da violência sobre as mulheres. O Dr. Sebastião Raulino nos fará um breve resgate histórico da criação do Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara, os conflitos ambientais relacionados a indústria do petróleo e petroquímica. E para terminar esta segunda parte, teremos a participação da Sra. Rafaela Nicola ecóloga, especialista na questão de áreas úmidas e modos de vida, discorrerá sobre os efeitos ambientais provocados pelo Complexo de Suape para as populações que vivem da pesca, e as possibilidade de apoio de organizações internacionais a luta dos atingidos

 

E para finalizar o evento teremos depoimentos de moradores do território abrangido por Suape.

 

 

Palestrantes:

 

Nivete Azevedo, geógrafa, coordenadora geral do Centro das Mulheres do Cabo, e da equipe de coordenação do Fórum das Entidades Populares do Cabo

Sebastião Fernades Raulino, professor, representante do Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara (FAPP-BG)

Rafaela Danielli  Nicola*, ecóloga, consultora para “áreas úmidas e modos de vida”, membro da WWW- World Wetland Network.

 

Assessoria de comunicação (Jornalista: Gerson Flávio/78120080)

Lançamento do Fórum Suape – Espaço socioambiental

 

No dia 18 de março, segunda feira às 19 horas, no auditório da Livraria Cultura (paço da Alfândega) será o Lançamento do Fórum Suape – Espaço socioambiental, que terá como objetivos: a organização e mobilização popular; organização e promoção de debates, ciclos de conferencias, eventos culturais com exposições de fotos, vídeos; promover ações jurídicas junto ao Ministério Público contra as injustiças sociais e ambientais cometidas naquele território; interagir com outros movimentos (local, nacional e internacional) que defendem a justiça sócio-ambiental; e a construção de um “portal” para disseminação das informações.

 

A organização da sociedade civil em torno de um fórum permanente, além de discutir as questões atuais que estão sendo vivenciadas pelos moradores do entorno do Complexo, e seus reflexos para as gerações futuras; permitirá dar visibilidade aos problemas enfrentados por aquelas populações.

 

A promoção deste evento é de responsabilidade de mais de 20 organizações locais, regionais e nacionais, assim como pessoas físicas interessadas em discutir a implantação do Complexo de Suape, alardeado como uma oportunidade única para alavancar o crescimento econômico da região e do Estado de Pernambuco.

 

Iniciaremos o evento com a apresentação do Fórum Suape, vindo a seguir a apresentação do “portal”, finalizando esta primeira parte teremos a exibição de um vídeo sobre os atingidos pelo Complexo Industrial Portuário de Suape.

 

Na segunda parte será realizada uma mesa de debates. O Dr. Clovis Cavalcanti nos falará sobre a história da resistência à implantação de Suape, os argumentos, as justificativas, e o momento atual. A seguir o Dr. Sebastião Raulino nos fará um breve resgate histórico da criação do Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara, os conflitos ambientais relacionados a indústria do petróleo e petroquímica. E para terminar esta segunda parte, teremos a participação do Juiz Eudes França que discorrerá sobre a Associação dos Juizes pela Democracia, e seu papel frente às injustiças socioambientais.

 

E para finalizar o evento teremos depoimentos de moradores do território abrangido por Suape.

 

Palestrantes:

 

     Clovis Cavalcanti, eco-economista, pesquisador da FUNDAJ e professor da UFPE.

 

Juiz Eudes dos Prazeres França, assessor especial da vice-presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco e membro da Associação Juízes para a Democracia.

 

Sebastião Fernades Raulino, professor, representante do Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara (FAPP-BG).

 

 

Assessoria de comunicação (Jornalista: Gerson Flávio/78120080)

 

quarta-feira, 13 de março de 2013


Baixo nível de barragens que abastecem o Grande Recife preocupa.


Tapacurá e Pirapama operam abaixo da capacidade. Compesa anunciou, na quinta, o racionamento de água na capital.

http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/03/baixo-nivel-de-barragens-que-abastecem-o-grande-recife-preocupa.html

Assista a matéria AQUI

Do G1 PE

No primeiro dia de racionamento no Recife, nesta sexta-feira (1º), o baixo nível da barragem de Pirapama, criada para acabar com a falta de água na Região Metropolitana, é preocupante, por conta da falta de chuva. Em muitas comunidades da capital pernambucana, as pessoas se organizam como podem para enfrentar o racionamento.

Há serviços que precisam ser feitos para melhorar a distribuição de água, mas tem também a falta de chuva que complica bastante a situação dos reservatórios. Ano passado, choveu 75% menos no Sertão e no Agreste e 40% menos na zona da mata. Fevereiro agora teve 30% menos chuva do que o volume médio previsto para a Região Metropolitana. No Recife, choveu só 20% do que era esperado.

De acordo com o meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), Patrice Oliveira, a expectativa para março não é boa. “Esperamos que a partir de final de abril para maio começa a melhorar e a chuva comece a ser mais homogênea na região. Essas temperaturas estão três graus acima da média”, disse. As pessoas estão com mais calor e com mais necessidade de água. “E com mais evaporação nos reservatórios. É o que nós chamamos de chuva para cima, tem perdido muita água na evaporação também”, explicou Oliveira.

O nível das barragens que abastecem a região metropolitana do Recife preocupa. As principais são Tapacurá e Pirapama, que respondem por mais de 70% da água que vem para a capital. O Sistema Tapacurá está com a metade da capacidade. No caso de Pirapama, ano passado, ela estava operando ainda com 87% da capacidade e hoje menos de 12 milhões de metros cúbicos de água. “No ano de 2012, que foi um ano de estiagem, Pirapama no final do período chuvoso estava com 90% da capacidade. Então, esse ano, cuja expectativa é de um período chuvoso melhor do que 2012, embora abaixo da média, nós temos uma expectativa que Pirapama se recupere rapidamente. Isso ocorre a partir de junho, então julho, agosto ela está recuperada”, comentou o presidente da Apac Marcelo Asfora.

A Compesa anunciou na quinta (28) a volta do racionamento. Oitenta e dois bairros do Recife vão ter esquema de 20 horas com água e 28 horas sem água. A cidade foi dividida em dois setores para permitir o rodízio que deve ser temporário. A previsão inicial é de 90 dias. “Quem determina a quantidade de água que é retirada das barragens é a Apac junto com a Secretaria de Recursos Hídricos. Nós já podemos tirar, numa determinada época, quando a cidade do Recife saiu do racionamento, cinco mil e cem litros por segundo e agora nós vamos ter que trabalhar com dois mil e quinhentos litros por segundo”, informou o presidente da Compesa Roberto Tavares.

Os moradores do Morro da Conceição fazem uma reunião, na noite desta sexta, com representantes da Compesa. Muita gente aperreada com a falta d'água. Dona Geralda mora e tem restaurante no bairro. “Eu preciso de água para trabalhar porque senão isso aqui vai ter que fechar”, disse a comerciante Geralda Cardoso.

saiba mais


por João Suassuna— Última modificação 01/03/2013 23:29

Parlamentares ruralistas querem novo zoneamento da cana-de-açúcar, incluindo os biomas Amazônia e Pantanal.


Parlamentares vão apresentar proposta de novo zoneamento da cana-de-açúcar – Nas próximas semanas, parlamentares da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Congresso Nacional vão apresentar proposta para novo zoneamento da cana-de-açúcar no país. As atuais regras restringem a expansão do plantio de cana nos biomas Amazônia e Pantanal e na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai. As normas estão previstas no Projeto de Lei (PL) 6.077 de 2009 e no Decreto 6.961 de 2008.

Publicado em março 13, 2013 por HC





Para alguns deputados e senadores ligados ao setor, os produtores de cana precisam de mais áreas de cultivo. Representantes da Subcomissão Especial para Avaliação do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar alegam que a produção no país não é suficiente para atender ao mercado de biocombustíveis e o país está lançando mão da importação em decorrência da carência de investimentos e redução da oferta no mercado nacional.

Ontem(12), 13 parlamentares tentaram, mais uma vez, flexibilizar a posição do governo, mas, durante uma reunião no final da manhã, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reforçou que o Executivo mantém o entendimento de quatro anos atrás. “O governo enviou o projeto de lei em 2009 para tratar o assunto. Na época, o setor produtivo avaliou que aquela era a área necessária para a expansão da cana, com a ressalva de não produzir na Amazônia, provocando novos desmatamentos, nem gerar degradação ambiental na Bacia do Alto Paraguai ou no Pantanal”, disse a ministra.

Apesar de reiterar o posicionamento do governo, Izabella Teixeira não descartou uma nova rodada de diálogo. Segundo ela, depois que o Congresso Nacional concluir a proposta, o governo vai analisar os detalhes em grupos de estudos técnicos. “Faremos os estudos necessários, junto com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Vamos trabalhar tecnicamente”, disse.

Para o presidente interino da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), a revisão das regras é indispensável. Heinze garantiu que o setor não pretende devastar áreas para alcançar a produção necessária visando a atender a demanda doméstica e manter as exportações do produto.

“Temos um projeto [de usina de cana-de-açúcar] parado em Rondônia e um em Roraima e tem o pessoal de Mato Grosso e do Pará questionando a situação. Ninguém fala em avançar um metro em áreas a serem desmatadas. O que a gente fala é sobre áreas onde já existe agricultura ou regiões de cerrado, como existem em Rondônia. Seriam situações de revisão do zoneamento”, argumentou.

Edição: Carolina Pimentel

Reportagem de Carolina Gonçalves, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 13/03/2013


O crescimento da concentração de CO2 e as mudanças climáticas.


Artigo de José Eustáquio Diniz Alves.


[EcoDebate] Em 2008, o ambientalista Bill McKibben fundou a 350.org, um movimento internacional para unir o mundo em torno de soluções para a crise climática. A ideia da 350.org é estimular um conjunto de ações coordenadas que possa pressionar as autoridades mundiais sobre a necessidade do comprometimento político com a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). A cifra 350 é uma referência a 350 ppm (partes por milhão) de CO2. O número é considerado o limiar de segurança para a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, um índice capaz de evitar uma mudança climática galopante.

Publicado em março 13, 2013 por HC

http://www.ecodebate.com.br/2013/03/13/o-crescimento-da-concentracao-de-co2-e-as-mudancas-climaticas-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/




As Conferências Internacionais sobre mudanças climáticas (as COPs) chegaram ao consenso de que 2o C (dois graus centígrados) é o nível de aquecimento global considerado “suportável”, segundo análises científicas. Para tanto, seria necessário reduzir os níveis de emissão de GEE e reduzir a concentração de CO2

na atmosfera para 350 ppm.

Porém, não é isto que está acontecendo. Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera saltaram 2,67 partes por milhão (ppm) em 2012, para o montante recorde de 395 ppm. O registro do ano passado só ficou atrás do aumento de 2,93 ppm ocorrido em 1998. Tudo indica que chegaremos a 400 ppm até 2015, o que é um número extremamente crítico.

O principal fator para o crescimento da concentração de CO2 na biosfera foi o aumento do uso de combustíveis fósseis, especialmente nos países em desenvolvimento, como a China e a Índia. As queimadas na Amazônia também contribuíram. Desta forma, as perspectivas da 350.org e as possibilidades de manter o aquecimento global abaixo de 2º C estão desaparecendo.

Um trabalho publicado na revista Science estimou a temperatura global no período geológico chamado de Holoceno, que teve início há cerca de 11 mil anos. Neste período de estabilidade do clima a população mundial passou de menos de 5 milhões de habitantes, no começo do Holoceno, para 1 bilhão de habitantes por volta de 1800. Todavia, o impacto das atividades antrópicas foi pequeno nestes milênios.



Segundo o estudo, a Terra passou por um período de aquecimento que começou há cerca de 11 mil anos e durante 1,5 mil anos, o planeta esquentou cerca de 0,6º C, para se estabilizar durante cerca de 5.000 anos. Todavia, 5,5 mil anos atrás, começou um novo processo de esfriamento, o que ficou conhecido como a “pequena era do gelo”, quando o Planeta ficou 0,7º C mais frio.

Contudo, as tendências se inverteram há 200 anos, com o início da Revolução Industrial e Energética (uso de combustíveis fósseis). O aumento da emissão de GEE fez o Planeta se esquentar nos últimos 200 anos, quando a população passou de 1 bilhão para mais de 7 bilhões de habitantes e a economia cresceu cerca de 90 vezes neste período. Por conta disto, já existem cientistas dizendo que começamos uma nova era geológica, chamada de Antropoceno, ou seja, uma época em que o ser humano passou a influir na composição química da atmosfera e dos oceanos, consequentemente, alterando o equilíbrio dos ecossistemas da Terra.

Há muitas incertezas sobre a magnitude das projeções das mudanças climáticas. De qualquer forma, se nada for feito e se as COPs (Conferências das Partes) não chegarem a um acordo viável, o aquecimento global vai continuar nas próximas décadas, elevando a probabilidade de atingiremos, até 2100, o período mais quente dos últimos 11 mil anos. As consequências podem ser catastróficas. Segundo o princípio da precaução é melhor prevenir do que remediar no futuro. As futuras gerações e a biodiversidade não vão perdoar os erros e o egoísmo das gerações atuais.

Referências:

The Guardian. Large rise in CO2 emissions sounds climate change alarm, 08/03/2013

http://www.guardian.co.uk/environment/2013/mar/08/hawaii-climate-change-second-greatest-annual-rise-emissions

Joe Romm. Bombshell: Recent Warming Is ‘Amazing And Atypical’ And Poised To Destroy Stable Climate That Enabled Civilization, 8/03/2013

http://thinkprogress.org/climate/2013/03/08/1691411/bombshell-recent-warming-is-amazing-and-atypical-and-poised-to-destroy-stable-climate-that-made-civilization-possible/?mobile=nc

350.org

http://350.org/en/mission

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

EcoDebate, 13/03/2013

por João Suassuna— Última modificação 13/03/2013 08:36

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