domingo, 12 de agosto de 2012


Código Florestal: nem toda a terra está disponível para o ser humano.


Entrevista com Roberto Malvezzi, especialista em temas socioambientais da Comissão Pastoral da Terra do São Francisco.

http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?32082

© R. Malvezzi / Arquivo Pessoal

Fazendo o caminho inverso de muitos brasileiros que até hoje fogem da seca, o paulista Roberto Malvezzi (foto) migrou para o Nordeste nos anos 1980, onde mergulhou na realidade sertaneja na divisa da Bahia com o Piauí, na margem esquerda do São Francisco. Vivendo as lutas pela terra e pela água junto às populações pobres, descobriu que a opressão e o descaso das políticas públicas podem ser combatidos com mobilização social. Nessa entrevista concedida ao Comitê Brasil em Defesa das Florestas, o filósofo militante avalia a tramitação do novo Código Florestal, o papel de parlamentares e do Governo no desmonte da legislação ambiental brasileira e alerta que, no futuro, a avaliação desses governos pode ser bem diferente. Confira abaixo os principais trechos.

Comitê Brasil em Defesa das Florestas - Conte um pouco sobre sua trajetória.
Roberto Malvezzi –
Nasci em 1953 na pequena cidade de Potirendaba (SP). Saí de lá com 14 anos. Fiz Filosofia, Teologia e Ciências Sociais. Fui seminarista durante anos. Em 1979, vim ao sertão da Bahia, na divisa com São Raimundo Nonato (PI). O pessoal que trabalhava na paróquia trazia gente do Sul de ônibus e ficávamos nas comunidades, alfabetizando as crianças. Estava terminando o Regime Militar, começando as greves do ABC, a ideia do PT e do sindicalismo. Em janeiro de 1980, decidi morar em Campo Alegre de Lourdes (BA) por três anos. Na época, estava sendo concluída a Barragem de Sobradinho, o que provocou a realocação de quatro cidades: Casanova, Remanso, Sento Sé e Pilão Arcado. Lá viviam 72 mil pessoas. Os prefeitos eram nomeados pelo presidente da República, não tínhamos partidos ou sindicatos na região. Foi a Igreja que assumiu esse papel de organizar a população, de tentar dar apoio diante do caos. Após esses três anos, larguei o seminário. Depois de cinco, me casei. Acabei ficando e já são mais de 30 anos.

A grande bancada ruralista, que tem poder no Congresso e já não tinha como evitar multas por seus crimes, partiu para o desmonte da lei.

CBDF - Em seu trabalho na Comissão Pastoral da Terra (CPT), o que você tem vivenciado no sertão do São Francisco?
RM -
Aqui a CPT surgiu em função das necessidades da população de Sobradinho. Com a construção da barragem, fomos entrando muito nas questões de pobreza, de água. Em Campo Alegre de Lourdes não tem rios. A única água lá é a de chuva. Então veio a seca de 1982, naquele tempo sem infraestrutura. O que a gente viu foi migração, sofrimento humano e mortalidade infantil. A gente pensou que podia levantar nomes de pessoas mortas pela seca. Em poucos municípios, foram mais de 7 mil nomes. Vimos que não conseguiríamos jamais fazer esse levantamento. A projeção à época foi é de que mais de 1 milhão de pessoas tenham morrido de fome, de sede, de inanição. Então, entrou muito a luta da água, a partir de uma necessidade concreta, que é a luta pela terra.

CBDF - O papel da sociedade civil é fundamental nessas lutas, inclusive na do Código Florestal. Você poderia relembrar o contexto da tramitação da lei no Congresso e as partes envolvidas nessa história?
RM -
Fui membro da equipe da CNBB que elaborou o texto base da Campanha da Fraternidade da Água, em 2004. E tivemos de recorrer ao Código Florestal, porque a Lei Brasileira de Recursos Hídricos, a 9.433/1997, não toca na proteção dos mananciais. No Código estava a proteção das nascentes, das matas ciliares em torno dos rios, das encostas. A gente dizia: ‘Isso já é lei, mas não funciona na prática. As matas ciliares, as nascentes e as encostas não estão sendo respeitadas’. Pelo Código Florestal que tínhamos, tinha que ter mata ciliar de 500 metros em cada margem do São Francisco. Hoje, ele tem apenas 5% de mata ciliar. Então, pode-se imaginar o que significaria hoje se a lei obrigasse os latifundiários a recompor as matas nas margens do rio. Estamos passando por um desmonte da legislação ambiental do Brasil em função de crimes ambientais que foram cometidos. É uma reação às exigências legais que começaram a pesar sobre quem cometeu esses crimes. A grande bancada ruralista, que tem poder no Congresso e já não tinha como evitar multas por seus crimes, partiu para o desmonte da lei. Mesmo com o veto parcial da Dilma e com as mudanças que ela propôs, o resultado final não terá mais nada a ver com o Código Florestal que tínhamos.

O governo não só se omitiu, mas permitiu que o projeto dos ruralistas andasse com toda a tranqüilidade.


CDBF – No fim das contas, o código foi desfigurado.
RM -
Absolutamente desfigurado, e sem que a gente saiba exatamente aonde vai chegar, porque a lei ainda está sendo alterada. Tem muita coisa nos detalhes, e é nos detalhes que o diabo mora.

CBDF - E quem são os atores chave que estão capitaneando esse desmonte?
RM –
A bancada ruralista. Não é fácil detectar quem se alia a ela, mas há indícios, observando a última votação sobre o Código Florestal. O que chamávamos de esquerda acabou votando com os ruralistas. E o governo não só se omitiu, mas permitiu que o projeto dos ruralistas andasse com toda a tranquilidade. Depois, tentou adiar, postergar. Grande parte dos deputados, inclusive do PT, tem no caixa de campanha só financiamento de empresas do agronegócio.

Mais de 1.200 rios do norte de Minas, que são afluentes do São Francisco, morreram.

CBDF – Eles traíram as origens?
RM –
Sim, dá para usar essa expressão.

CBDF – Quais seriam alguns desses partidos?
RM -
PT, PCdoB, todos esses partidos aí votaram na sua grande maioria com os ruralistas. Nem falo do PMDB e de outros, que já são do mundo das oligarquias.

CBDF – Os pequenos produtores têm sido usados como massa de manobra para reduzir a proteção das florestas. Que efeitos desse novo “Código Florestal” você vê justamente sobre os pequenos?
RM -
Lideranças com tradição entre os movimentos sociais tiveram uma atitude complicada na defesa dos pequenos agricultores com foco na ideia de que se você tem pouca terra e for colocar o que o Código exigia você reduzia a área produtiva dos pequenos agricultores. Mas, desde o começo, sempre foi possível fazer um discernimento entre os pequenos e os grandes agricultores. Para os pequenos, você abre casos especiais. Mas de forma geral, o que está acontecendo? Estamos inviabilizando a vida de milhares de pequenos proprietários em nome da produção, porque você solapa as bases naturais da pequena propriedade. Estivemos em maio em Januária (MG), na região do rio dos Cochos. O rio tinha morrido e as comunidades estavam indo embora. Mas eles mesmos fizeram trabalho de recomposição da mata ciliar e o rio voltou a correr e a abastecer outras comunidades que ficaram sem água. A gente tem notícia de que mais de 1.200 rios desse tipo, do norte de Minas, que são afluentes do São Francisco, morreram em função da agricultura comercial que tomou espaços que eram da água. Tem que colocar esse dilema para os pequenos agricultores.

O agronegócio já deixou para trás pelo menos 80 milhões de hectares de terras degradadas.

CBDF – A legislação em vigor amplia a possibilidade de uso da terra. Na prática, o que isso significa para os produtores?
RM –
O agronegócio já deixou para trás pelo menos 80 milhões de hectares de terras degradadas. Para esse grupo é mais fácil avançar sobre novas áreas, nem que seja para também degradá-las, do que recuperar o que foi degradado. Esse é o custo que eles não querem pagar - por isso mudaram a legislação para ter ‘segurança jurídica’. Não fosse o papel desenvolvido por inúmeras populações, a Caatinga não teria cerca de 50% preservados. Mas os grandes latifúndios do Nordeste, se quiserem expandir o desmatamento, estão autorizados por lei. Este ano secaram os aquíferos do Platô de Irecê, no semiárido baiano. Agora falta água até para beber. O mesmo pode acontecer no oeste do Estado, no chamado “mundo do agronegócio”, onde querem dispensar as outorgas que limitam o uso de água subterrânea.

CBDF – Alterar o Código Florestal e ampliar o uso da terra não reduz a importância de economias que aproveitem as florestas em pé e não emperra a tramitação de legislações como a do pagamento por serviços ambientais?
RM –
Sem dúvida. E não podemos esquecer que nem toda a terra está disponível para o ser humano ou para a agricultura. O planeta tem exigências próprias, de respiração, de oxigenação, do ciclo do carbono. Mas é muito difícil levar esses valores a pessoas que enxergam pouco mais que os limites da propriedade.

CBDF – O atual Código Florestal reduz de forma geral a proteção das matas nas margens de rios e córregos, especialmente dos de pequeno porte. Qual o risco para os mananciais do país?
RM –
As faixas entre 30 e 500 metros de vegetação na margem dos rios, dependendo de sua largura, já não eram respeitadas, mas se tinha por onde brigar. Agora, temos faixas de apenas 5 metros para os cursos menores. Sem a vegetação, a água penetra menos no solo e as enchentes ganham força e velocidade. Essa realidade geradora de tragédias foi esquecida na reforma do Código Florestal.

É um pessoal com uma visão meramente produtivista, que padece de "monocultura mental".

CBDF – A destruição da legislação florestal não é um fato isolado. Redução de áreas protegidas, descaso com indígenas e outras populações tradicionais e enfraquecimento de órgãos ambientais fazem parte de um quadro de franco retrocesso. O que está acontecendo com o Brasil?
RM -
Levamos décadas construindo uma legislação socioambiental, mas agora enfrentamos uma prevalência absoluta de uma lógica econômica que pretende derrubar tudo o que entende como obstáculo a seu projeto desenvolvimentista. Como o próprio Lula declarou em 2006, ‘as questões dos índios, quilombolas, ambientalistas e Ministério Público travam o desenvolvimento do País’. Esse é o pano de fundo do projeto de desenvolvimento em curso.

CBDF – A campanha Floresta faz a Diferença foi um marco frente às mobilizações sociais da história recente do Brasil. A sanção parcial da presidente complicou ainda mais o futuro do Código Florestal. Qual a sua avaliação sobre esses movimentos?
RM –
Avalio que deslanchamos um processo que alcançou a consciência da sociedade brasileira. As pessoas sabem o que está acontecendo. Pesquisas de opinião pública e outros indicadores deixaram claro que a grande maioria da população era contra mudanças no Código Florestal. Por outro lado, ficou cada vez mais evidente o fosso entre o que a sociedade quer e o que a classe política faz.

Pode ser que, no futuro, a avaliação desses governos seja bem diferente.

CBDF – Qual seria a mensagem para a população entender um pouco desse momento do país?
RM –
É um momento de grandes adversidades. O povo brasileiro tem um contentamento muito grande com o governo Lula / Dilma porque muitas dessas políticas sociais foram e são muito importantes para a população, trazendo uma resposta mais imediata às questões da fome, da eletricidade, das moradias. Isso tudo é essencial. Mas o problema é o país que esse Governo está plantando para o futuro. Pode ser que, no futuro, a avaliação desses governos seja bem diferente.

Entrevista: Aldem Bourscheit (WWF-Brasil) e Carolina Stanisci (IDS)
Edição: Afra Balazina e Letícia Campos (SOS Mata Atlântica)

Fonte para edição no Rema:

Ruben Siqueira
Comissão Pastoral da Terra / Bahia
Articulação Popular São Francisco Vivo



por João Suassuna— Última modificação 03/08/2012 10:46

Dilma pode fazer Kátia Abreu ministra para destravar Código.


Por enquanto é só especulação, mas há um movimento para que a senadora Kátia Abreu ganhe uma vaga de ministra no governo Dilma. A reforma ministerial, que deverá acontecer depois das eleições municipais, em outubro, já tem nomes cotados e, entre eles, a da presidente da Confederação Nacional da Agricultura, considerada peça-chave para fechar o acordo das negociações em torno da medida provisória do Código Florestal.


Daniele Bragança
01 de Agosto de 2012

Segundo o jornal O Globo, o ministro Mendes Ribeiro (PMDB-RS), da Agricultura, vem sendo sondado pelo Palácio do Planalto para aceitar sair e abrir espaço para Kátia Abreu (PSD-TO).

A aproximação de Kátia com o Planalto já tem algum tempo, mas foi no lançamento do Plano Safra 2012/2013, no dia 28 de junho, que a senadora exibiu essa nova intimidade ao elogiar a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente: “Esperamos por 20 anos uma lei ambiental que nos tirasse do martírio e da criminalidade. E depois de 20 anos, a senhora [presidente Dilma] ainda nos deu uma ministra de meio ambiente que pensa pelo Brasil, que pensa por todos os brasileiros e, principalmente, pelos seres humanos, que precisam estar em conexão com essa grande biodiversidade. Parabéns, ministra Izabella”.

Kátia finalizou o discurso de 16 minutos chamando a presidente Dilma de estadista. “Viu o discurso dela de ministra?”, comentou na ocasião um membro do gabinete. A frase foi publicada na Folha de S. Paulo. O vídeo com o discurso completo da senadora para ser visto nestelink.

O presidencialismo brasileiro se apóia nesse tipo de coligação clientelista. Cada partido da base no Congresso aliada do governo, de acordo com a sua importância, ganha a sua quota de ministérios. Uma coisa é certa, o governo se beneficiaria em trazer a líder dos ruralistas para seu interior, pois isso facilitaria obter concessões desse grupo. Para Kátia, seria galgar um degrau importante na carreira política. Ser ministro da Agricultura garante poder via o manejo de verbas imensas.

O texto base do relatório da MP do Código foi aprovado, mas ainda faltam 343 destaques para serem votados. Uma Kátia Abre u do mesticada facilitaria a tramitação final.

Falta saber se o PMDB abrirá mão do ministério. A outra possibilidade é Kátia se filiar ao PMDB, pois ela parece não se sentir confortável no recém criado PSD, e criticou publicamente Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e idealizador do partido.

O desafio da distribuição da água.


A questão da política da açudagem no Semiárido, faz parte do nosso discurso contrário ao projeto da transposição e favorável à vida do Velho Chico e do Semiárido.

João Suassuna.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1166906

O sucesso de açudes, a exemplo do gigante Castanhão, é apontado como uma das glórias das obras do Dnocs.

Limoeiro do Norte

A seca é hoje um problema menor que ontem. As enchentes também. Os reservatórios espalhados pela região Nordeste do Brasil, sobretudo no Ceará, quando não garantem, amenizam a situação de abastecimento dos Municípios - à exceção dos reservatórios menores, que às dezenas têm entrado em colapso neste ano. Mas, o sucesso de açudes como o gigante Castanhão para abastecimento humano e irrigação da agricultura é apontado como uma das glórias do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Família retira água em canal de irrigação, não projetado para abastecimento humano FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR

Além de ter água para abastecimento ao menos nos próximos quatro anos, o Castanhão ainda é um regulador de cheias, por sua bilionária capacidade de reserva. Especialistas atuantes no Dnocs discordam da tese de que a água dos açudes não tenha por prioridade o abastecimento humano. Sim, parte significativa vai para a irrigação, mas, de acordo com o engenheiro agrônomo Ney Barros, a própria irrigação "também tem sua função social de abastecimento".

Ney é chefe do setor técnico da coordenadoria estadual do Dnocs. Acompanha a situação dos 65 açudes do departamento no Ceará e comemora que o Castanhão, a mais de 200 quilômetros de distância, consiga ser um garantidor de água para milhões de habitantes em Fortaleza. Além disso, é quem abastece os dois maiores perímetros irrigados do Estado, o Tabuleiros de Russas e o Jaguaribe-Apodi.

Dos Estados do Nordeste, é também o Ceará quem mais possui reservatórios construídos pelo Dnocs. Os 65 açudes estão em todas as macrorregiões do Estado. Também comportam três dos cinco maiores reservatórios do órgão no Nordeste: Castanhão, Orós e Banabuiú. O monitoramento deles, bem como dos outros açudes públicos do Governo do Estado, é feito pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), subordinada à Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado (SRH) do Ceará.

Quanto menos chuvas, mais importância ganham os reservatórios públicos. No caso do Castanhão, até mesmo na enchente de 2009, não existisse teriam sido bem maiores as inundações em Municípios baixos como Limoeiro, Tabuleiro do Norte, Jaguaruana e Itaiçaba.

Monitoramento

Entre federais e estaduais, o Ceará monitora 138 açudes, seguindo com mais de 60% dos 17 bilhões de metros cúbicos de capacidade. Na primeira semana de agosto, 32 açudes estavam com menos de 30% da capacidade, o que representará colapso de abastecimento até o fim do ano.

Em Municípios como Quiterianópolis, a população precisou ser abastecida com carros-pipa. "A política de açudagem é muito importante. O acesso à água é garantido pelos comitês gestores, formados pela própria comunidade e outras representações. Nas reuniões se decidem as formas de liberação da água, de modo a garantir que não se perca a prioridade do abastecimento humano", afirma Ney Barros.

Para os próximos 50 anos, os especialistas em meteorologia e estudos climáticos apontam um cenário de mais estiagem, menos chuvas e mais calor, ou seja, alto índice de evaporação com uma redução na recarga dos açudes. Nessa projeção de décadas à frente, a política de açudes é posta em dúvida sobre se é a melhor forma, com um custo alto, de garantir o recurso hídrico. O engenheiro Ney Barros acredita que, ao menos nas próximas décadas, a política de açudagem deve continuar. "Mesmo quando chove menos, não há ano de previsão zero. Algo que precisa ser feito, e o Governo do Estado do Ceará está implantando, são os eixões das águas. O importante é estabelecer bacias de reserva para as águas e canais de distribuição. Dessa forma, se pode levar água para a região dos Inhamuns, por exemplo, onde chove tão pouco", explicou.

Eixos

Existem oito eixos de integração hídrica construídos no Estado do Ceará (332,90 quilômetros de extensão) um em construção e cinco projetados. O primeiro trecho do Cinturão das Águas, que já está sendo chamado de Canal do Cariri, deverá receber as águas integradas do São Francisco, numa extensão de 160 quilômetros. A tarefa principal será levar a água para o maior número de habitantes, melhorando a qualidade de vida.

MELQUÍADES JÚNIOR
REPÓRTER
por João Suassuna— Última modificação 06/08/2012 11:24

 Maior turbina eólica do mundo.
Dinamarca constrói maior turbina eólica do mundo.
O modelo terá um rotor de 154 metros e deverá produzir seis megawatts | Foto: Divulgação 
A maior turbina eólica do mundo está prestes a ser montada na Dinamarca. De acordo com os fabricantes, cada uma das pás mede 75 metros de comprimento, sendo três delas o rotor de 154 metros de uma usina protótipo.
A empresa Siemens é a responsável pela construção da turbina no campo de Osterild, em solo dinamarquês. A energia eólica produzida pela máquina deve alcançar 18.600 metros quadrados, segundo o planejamento. Para se ter uma ideia, esta área é equivalente a quase 2,5 campos de futebol.
Quando a turbina estiver girando a 10 metros por segundos será extraída a energia de 200 toneladas de ar por segundo. Cada pá da estrutura foi fabricada em um molde único, devido às forças a que a turbina estará sujeita. Acredita-se que seja o maior componente individual de fibra de vidro já produzido.
Na construção das pás foram incorporados alguns avanços desde o material utilizado, passando pelo projeto aerodinâmico, até a técnica usada para a fabricação. Consequentemente, houve diminuição de 20% no peso da máquina. A principal vantagem desse processo foi a redução das exigências sobre as fundações, necessárias para a instalação das turbinas.
A fabricação dos equipamentos eólicos vem se aprimorando ao longo do tempo. Há 30 anos, por exemplo, uma turbina tinha um rotor de dez metros e era capazes de gerar 30 kW de energia. Já o modelo construído pela Siemens terá um rotor de 154 metros e deverá produzir seis megawatts, uma capacidade 200 vezes maior. Com informações do Inovação

Tecnológica.
Redação CicloVivo
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Aerogerador

Está quase tudo pronto para a montagem da maior turbina eólica do mundo.
Cada uma das pás mede 75 metros de comprimento.
Três delas formarão o rotor de 154 metros de uma usina-protótipo que está sendo construído pela Siemens no campo de Osterild, na Dinamarca.
A área total coberta pelo rotor alcançará 18.600 metros quadrados, equivalente a quase 2,5 campos de futebol - o diâmetro é quase suficiente para acomodar dois jatos Airbus A380 lado alado.]
Peso do ar.
Quando em operação, a super turbina eólica, girando a 10 metros por segundo, extrairá energia de 200 toneladas de ar por segundo.
Devido às forças a que a turbina estará sujeita, cada pá teve que ser feita em um molde único - é o maior componente individual de fibra de vidro já produzido.
As pás incorporam avanços no material utilizado, no projeto aerodinâmico e na técnica de fabricação.
Tudo junto representou uma diminuição de 20% no peso, por sua vez reduzindo as exigências sobre as fundações, a torre e a nacele.

A área total coberta pelo rotor da maior turbina eólica do mundo alcançará 18.600 metros quadrados, equivalente a quase 2,5 campos de futebol. [Imagem: Siemens]

  Evolução eólica.
As turbinas eólicas vêm evoluindo dramaticamente ao longo das últimas décadas, não apenas em tamanho, mas também em aerodinâmica, nos materiais utilizados em sua construção e nas técnicas de fabricação.
Há 30 anos, uma turbina eólica típica tinha um rotor de 10 metros (cada pá media 5 metros de comprimento) e eram capazes de gerar 30 kW.
A maior turbina do mundo agora terá um rotor de 154 metros (cada pá com 75 metros de comprimento) e deverá produzir 6 MW, uma capacidade 200 vezes maior.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI162829-17770,00-MAIOR+TURBINA+EOLICA+DO+MUNDO+E+EXIBIDA+NA+ESCOCIA.html

Turbina pesa 30 toneladas e tem 22,5 metros de altura.

por Redação Galileu
A maior turbina eólica do mundo, usada para gerar energia a partir do vento, foi exibida na quinta-feira na Escócia. Projetada pela empresa Atlantis, a turbina pesa 130 toneladas, tem 22,5 metros de altura e é capaz de gerar energia para mil residências.
Com dois conjuntos de lâminas, a turbina é projetada para gerar energia com os ventos das marés vazante e enchente, além de ser capaz de resistir às condições marítimas da Escócia.

Tim Cornelius, executivo da empresa Atlantis, afirma que, devido à baixa rotação das lâminas, as aves e a vida marinha da região nao correm risco. "As turbinas giram de seis a oitor revoluções por minuto, elas são incrivelmente lentas e não causam impacto ao ambiente", afirmou Cornelius à BBC.
por João Suassuna— Última modificação 10/08/2012 09:29

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