sexta-feira, 29 de abril de 2011

PESQUISA.


Estado será referência mundial para o clima

Pernambuco foi o local escolhido no Brasil para sediar

Centro de Tecnologias Climáticas. Mais nove países

serão contemplados e incentivarão uso de energias

renováveis.

Publicado em 29/04/2011, às 10h02
Do JC Online


Pernambuco será um dos dez lugares do mundo a receber um Centro de Tecnologias Climáticas Aplicadas (CTCA). A iniciativa é resultado de parceria entre o governo do Estado, o Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável e a Organização das Nações Unidas. Quinta-feira (28), foi firmado o repasse da verba pelo Banco do Nordeste para instalação da estrutura. O governo não divulgou quanto será investido nem onde será construído o centro.

A criação dos CTCA foi decidida durante a COP-16, realizada em Cancún, no México, em dezembro do ano passado. No centro serão desenvolvidas e aplicadas novas tecnologias limpas, que irão possibilitar a redução de emissões de poluentes e impactos socioambientais positivos.

A expectativa do governo é que o centro possa atrair tecnologias e parceiros para o uso de energias renováveis. "Vamos transformar Pernambuco em uma grande referência em energia renovável e difundir tecnologias pelo mundo", afirmou o presidente do Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra), Robson Oliveira.

O objetivo da organização é trazer centros de excelência energética para regiões com baixo índice de desenvolvimento. Segundo Robson Oliveira, a implantação do CTCA é resultado da ação integrada entre Organização das Nações Unidas (ONU), governo e iniciativa privada. "Um dos motivos para a escolha de Pernambuco foi porque o Estado conseguiu aliar esses três pontos. Além disso, o centro deverá criar tecnologias favoráveis à produção de alimentos, como as frutas do Vale do São Francisco", disse Oliveira.

A agricultura intensiva e a fruticultura serão apoiadas e incentivadas através da integração com as novas fontes de energia renovável. A ideia é reduzir os custos da produção e aumentar competitividade e qualidade. O CTCA também prevê conectividade e inclusão digital fora das grandes áreas urbanas.

Dia Nacional da Caatinga: CERBCAA/PE participa de evento na UFPE.










O Coordenador do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga (CERBCAA/PE), Elcio Barros, participou, hoje (28/04), da mesa de abertura do II Workshop Potencial Biotecnológico da Caatinga – Bioprospecção e Aplicação Biotecnológica da Biodiversidade da Caatinga, promovido pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE , Patrocinado pelo IPA e com apoio do CERBCAA/PE. Durante a solenidade, que contou com a participação do reitor eleito da UFPE, Anísio Brasileiro, foi anunciada a criação do Instituto de Prospecção do Bioma Caatinga, que pretende fortalecer o movimento para tornar a área Patrimônio da Humanidade. Na ocasião, Elcio Barros destacou a necessidade de preservar a caatinga e de estudar as mudanças nas relações culturais e sociais do homem com o bioma, uma exclusividade do nordeste brasileiro.


Com uma população de 28 milhões de pessoas, a Caatinga é a região semiárida mais populosa do mundo. No bioma, o único exclusivamente brasileiro, o grande desafio é promover o desenvolvimento da região com a proteção do meio ambiente. O bioma Caatinga tem uma área de 850 mil km², o que equivale a 11% do território nacional.
Além de estar presente nos nove estados nordestinos, a Caatinga também é encontrada no norte do Estado de Minas Gerais. Os dados do desmatamento do Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite mostram que o bioma ainda possui 55% de vegetação remanescente (dados do período entre 2002 e 2008).
(Fotos e Fonte: IPA)
Leia também: Atividades Sustentáveis para o Desenvolvimento da Caatinga - Caatinga: Há cheiro de fumaça e de descaso no ar - Comissão se mobiliza para votar PEC da Caatinga no início de junho





quinta-feira, 28 de abril de 2011

DIREITO AMBIENTAL. LEGISLAÇÃO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

A Constituição Federal Brasileira contemplou o Direito Ambiental em seu Capítulo VI, que postamos abaixo:




" CAPÍTULO VI




DO MEIO AMBIENTE


Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.


§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:


I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento)


II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento)


III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento)


IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)


V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)


VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;


VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)


§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.


§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.


§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.


§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.


§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas."

quarta-feira, 27 de abril de 2011

28 de abril: Dia Nacional da Caatinga. Mensagem do Coordenador do CERBCAA/PE.










O Coordenador Geral do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga - CERBCAA/PE, Elcio Alves de Barros, fala neste Dia Nacional da Caatinga, sobre a importância da preservação deste Bioma para o nosso Estado e para o Brasil, e destaca as ações que estão sendo implementadas pelo Comitê.




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DIA NACIONAL DA CAATINGA



Instituído através de decreto presidencial, de 20 de agosto de 2003, o 28 de abril foi escolhido em homenagem ao primeiro ecólogo do Nordeste brasileiro e pioneiro em estudos da caatinga, o professor João Vasconcelos Sobrinho. Durante muito tempo pensou-se que a caatinga fosse um ecossistema pobre, por isso a escassez de estudos sobre ela.

O patrimônio biológico da caatinga não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo além do Nordeste do Brasil. Inclui áreas do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o Norte de Minas Gerais. São espécies nativas da caatinga ''barriguda'' (Cavanillesia arborea), amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. A fauna nativa inclui o sapo-cururu, asa-branca, cotia, preá, veado-catingueiro, tatu-peba, sagüi-do-nordeste e cachorro-do-mato.

No entanto, o estudo minucioso da caatinga não trouxe boas notícias. Os pesquisadores constataram que esse é o terceiro ecossistema brasileiro mais degradado, atrás apenas da Mata Atlântica e do cerrado. 50% de sua área foram alterados pela ação humana, sendo que 18% de forma considerada grave por especialistas. A desertificação, encontrada principalmente em áreas onde antes se desenvolvia o plantio de algodão, apresenta-se bastante avançada.

Além do desmatamento, um sério problema enfrentado por esse domínio é a caça aos animais, única fonte de proteínas dos sertanejos que residem na área. A percentagem das áreas de caatinga protegidas por reservas e parques é ínfima: 0,002%, segundo o Ministério do Meio Ambiente. É Preciso mudar esse patamar de proteção para não perdermos espécies que ocorrem apenas na caatinga. O Ministério do Meio Ambiente já declarou seu interesse em transformar a caatinga em patrimônio nacional e assumir para si a responsabilidade da proteção. Que o gesto não sirva apenas como um reconhecimento tardio pelo governo do único bioma exclusivamente brasileiro. (Fonte: Noolhar)



O BIOMA CAATINGA é a região semiárida mais rica em biodiversidade do mundo, e também uma das mais populosas do planeta. Ações de conservação são necessárias


Caatinga: Riqueza de biodiversidade - Foto: Melquíades Júnior





























(FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR)
















































DIA NACIONAL DA CAATINGA: COMEMORAÇÃO.

Meio ambiente .
Caatinga tem semana de comemoração .


O BIOMA CAATINGA é a região semiárida mais rica em biodiversidade do mundo, e também uma das mais populosas do planeta. Ações de conservação são necessárias

Sensibilizar para preservar é a meta da programação que marca a Semana Nacional da Caatinga no Estado Juazeiro do Norte. Municípios do Estado se mobilizam para comemorar o Dia Nacional da Caatinga, que acontece no próximo 28. Enquanto se discute meios sustentáveis de sobrevivência no semiárido e novas propostas no Cariri, em Crateús uma programação é desenvolvida com várias atrações.

As áreas de reservas do bioma da Caatinga também são foco de debate, principalmente no que diz respeito à preservação desses locais, a exemplo da Reserva Serra das Almas, com mais de 6 mil hectares.

Um dos destaques da semana, em Crateús, é o lançamento do Projeto no Clima da Caatinga, da Associação Caatinga, e palestra com o gerente da Reserva Serra das Almas, Ewerton Torres, da Associação Caatinga. Em Fortaleza, acontece a Semana Nacional da Caatinga, que contou com a presença, em sua abertura, da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A ministra destacou a importância da união entre todos para a preservação e manutenção do bioma, e a participação não só dos poderes públicos, mas da própria sociedade, para ações de desenvolvimento sustentável dessas áreas.

Sensibilização

As ações em Crateús serão desenvolvidas durante esta semana. A meta é sensibilizar a população local para a conservação do bioma Caatinga. A programação foi iniciada com meia maratona na cidade e plantio de 100 mudas de árvores, além de shows e palestras voltadas para o meio ambiente e conservação da natureza.

A Reserva das Serra das Almas é área protegida da Caatinga, que resguardam três nascentes e espécies ameaçadas de extinção. O local é reconhecido, pela Unesco, como Posto Avançado da Reserva da Biosfera por abrigar uma representativa parte do bioma no sertão de Crateús. A Caatinga é a região semiárida mais rica em biodiversidade do mundo e também uma das mais populosas.

Semiárido

No Cariri, instituições da região participam das discussões em torno de uma política voltada para o semiárido cearense. O trabalho está sendo desenvolvido por meio de fóruns institucionais, onde acontecem as discussões e proposições para a elaboração das políticas públicas a serem desenvolvidas em todo o Estado. Já estiveram reunidos no Cariri integrantes de secretarias do Meio Ambiente, Organizações não Governamentais, com trabalhos voltados para o semiárido, Cáritas Diocesana, além da Associação Cristã de Base (ACB).

Professores da Universidade Regional do Cariri (Urca) debatem esta semana os temas a serem abordados nas propostas que serão encaminhadas para o Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, Governo do Estado e Assembleia Legislativa do Estado, durante o Fórum do Pacto pela Convivência com o Semiárido Cearense.

As temáticas levantadas envolvem as áreas econômica, ambiental, cultural, social, científica, tecnológica e inovadora. O trabalho está sendo coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão da instituição. Segundo a pró-reitora, Arlene Pessoa, é de grande importância a participação da universidade, que tem uma abrangência regional neste processo. Ela destaca a contribuição a ser dada por especialistas e pesquisadores.
As discussões para sistematização das propostas, reunindo os diversos departamentos da instituição, vão acontecer somente na sexta-feira. Segundo a professora Renata Marinho Paz, são assuntos que merecem uma reflexão maior, para que as propostas sejam elaboradas e, em seguida, sistematizadas.

Segundo a professora Maria Isa Pinheiro Gonçalves, é importante que a educação seja bem focada nestas políticas. Para ela, essa tem sido a base para que as políticas implantadas obtenham o êxito necessário, e as políticas sociais sejam desenvolvidas. Em relação a isso, destaca o alto índice de analfabetismo, principalmente adulto, ainda existente nas áreas do semiárido. "É importante o investimento em recursos humanos, para que as outras de inserção possam surtir efeito, com políticas sérias de combate ao analfabetismo", afirma. Como exemplo, a docente cita a cidade de Salitre, onde há um índice alto de analfabetismo entre adultos.

Arlene Pessoa destacou que esse é o momento de mobilizar os pesquisadores para o lançamento das propostas e a elaboração do documento. Ela lembra das discussões iniciadas por meio do Pacto das Águas, em que foram traçadas várias diretrizes. Mais de 90 instituições participaram das discussões e estão envolvidas nesse processo de discussão para elaboração das proposições.

A pró-reitora destacou a participação das bases dentro desse processo. "É uma maneira de levar ao Governo situações dentro da realidade dos povos do semiárido, com enfoque das principais necessidades para a melhoria e mudança do quadro atual", explica.

O momento, diz ela, é de ouvir a voz dessas comunidades para que as políticas também estejam mais próximas.

Dentro destas proposições, conforme a professora, é preciso inclusão das novas tecnologias para que todas as pessoas possam ter acesso à informação, antes passando pelo processo educacional. "É preciso saber para ter acesso", resume. As discussões tem também a finalidade de orientar as políticas setoriais já existentes, para inclusão do semiárido, nos planos para uma convivência sustentável.

DESENVOLVIMENTO

"É uma maneira de levar ao Governo situações dentro da realidade dos povos do semiárido"

Arlene Pessoa Pro-reitora de extensão da Universidade Regional do Cariri (Urca).
MAIS INFORMAÇÕES
Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, (85) 3277.3743
Associação Caatinga, (85) 3241.0759
www.acaatinga.org.br
Núcleo de Agroecologia e Campesinato - NAC
Departamento de Educação – DeD
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Telefone: 81 3320 6591

Fonte: Diário do nordeste
Publicado em 27 de abril de 2011

domingo, 24 de abril de 2011

PESQUISA: ALCOOLISMO.

"Pesquisa internacional identifica gene

que pode ter papel importante na regulação

do consumo de bebidas alcoólicas.

Genome-wide association and genetic functional studies identify autism susceptibility candidate 2 gene (AUTS2) in the regulation of alcohol consumption.
Gene ligado ao consumo de álcool.

Uma pesquisa conduzida por um grupo internacional de dezenas de cientistas conseguiu identificar um gene que pode ter um papel importante no consumo de álcool. O estudo é destaque na nova edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de mais de 26 mil voluntários em busca de genes que pudessem afetar o consumo de bebidas alcoólicas. Os resultados foram comparados com dados de outras 21 mil pessoas. Os participantes disseram quando bebiam por meio de questionários.

De acordo com os autores, encontrar uma variante genética que influencia os níveis de consumo de álcool pode levar a um melhor entendimento sobre os mecanismos por trás do alcoolismo.

O gene é denominado AUTS2, sigla para “candidato para suscetibilidade ao autismo número 2”. Estudos anteriores indicaram a relação do gene com o autismo e com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

A nova pesquisa, liderada por cientistas do Imperial College London e do King's College London, verificou que há duas versões do AUTS2, uma três vezes mais comum do que a outra.

Indivíduos com a versão menos comum do gene bebem em média 5% menos álcool do que as pessoas com a versão mais comum, apontou o estudo.

O gene se mostrou mais ativo nas regiões do cérebro associadas com mecanismos de recompensa neurofisiológicas, o que sugere que possa ter um papel importante na regulagem na resposta à ingestão de bebidas alcoólicas.

Sabe-se que o consumo de álcool é parcialmente determinado geneticamente, mas até agora o único gene conhecido com contribuição significativa era um que decodifica a álcool-desidrogenase, enzima que quebra as moléculas do álcool no fígado.

“Claro que há muitos fatores que afetam quanto de álcool uma pessoa bebe, mas sabemos que os genes têm um papel importante. A diferença promovida por esse gene específico [AUTS2] é pequena, mas, ao descobrir o seu papel, abrimos uma nova área na pesquisa sobre os mecanismos biológicos que controlam a ingestão de bebidas alcoólicas”, disse Paul Elliott, da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, um dos coordenadores da pesquisa.

“Uma vez que as pessoas bebem por motivos muito diferentes, entender o comportamento especificamente influenciado pelo gene identificado ajuda a compreender melhor as bases biológicas desses motivos. Esse é um passo importante em busca do desenvolvimento de prevenções e tratamentos individuais para o abuso de álcool e para o alcoolismo”, disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College London, primeiro autor do artigo."

O artigo Genome-wide association and genetic functional studies identify autism susceptibility candidate 2 gene (AUTS2) in the regulation of alcohol consumption (doi/10.1073/pnas.1017288108), de Gunter Schumann e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS.

Fonte: Agência FAPESP
Postado por InovaBrasil às 4/05/2011 02:15:00 PM
Marcadores: alcoolismo, genética, publicação

EDUCAÇÃO EM BIODIVERSIDADE.

"BIOTA-FAPESP ampliará transferência do conhecimento
sobre biodiversidade para escolas.

Mais educação em biodiversidade.



Ao longo de seus 12 anos de existência, o programa BIOTA-FAPESP possibilitou a descoberta de mais de 500 espécies de plantas e animais e contribuiu para o aprimoramento de políticas públicas de conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade do Estado de São Paulo.

Traduzir e publicar esse conhecimento sobre os biomas paulistas em materiais didáticos, que possam ser utilizados em espaços de educação formal – como as escolas – e não formais – como os museus de ciências –, é um dos desafios que o programa pretende atingir nos próximos anos.

Para avaliar as ações educativas realizadas no âmbito do programa e fomentar novas atividades foi realizado, nos dias 7 e 8 de abril, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Workshop BIOTA-FAPESP sobre Biodiversidade, Educação e Divulgação.

O evento reuniu especialistas em educação e biologia para discutir possibilidades de relacionar conhecimentos sobre biodiversidade gerados pelo programa com práticas de educação e de divulgação científica.

Em avaliação realizada em 2009, intitulada BIOTA+10: Definindo Metas para 2020, a extensão do conhecimento científico gerado sobre biodiversidade para as escolas de ensino fundamental e médio e em espaços de educação não formal foi apontada como um dos maiores desafios a ser atingido pelo programa.

“Identificamos essa área como uma das lacunas que o programa não conseguiu preencher e estabelecemos como meta no plano de atividades do BIOTA-FAPESP traçado até 2020 conseguir promover, de fato, a interlocução do programa com a área da educação”, disse o coordenador do programa, Carlos Alfredo Joly.

O programa já originou materiais educativos, como exposições, projetos de educação ambiental e uma série de vídeos exibidos pela TV Cultura. Mas, na avaliação de Joly, as atividades educacionais precisam atingir um número muito maior de estudantes dos ensinos fundamental e médio.

Para estimular a realização de mais atividades do gênero, será lançada em breve, pela FAPESP, uma chamada de pesquisas sobre educação e biodiversidade. “Pretendemos utilizar ideias e sugestões lançadas no workshop para auxiliar na formatação da chamada”, disse.
Conceitos de biodiversidade

De acordo com a professora da Faculdade de Educação da Unicamp, Martha Marandino, um dos desafios para se promover a articulação entre as ações de educação e biodiversidade no âmbito do BIOTA-FAPESP será o de trabalhar o conceito de biodiversidade de acordo com as diretrizes do programa.

“O programa se baseia em uma diretriz de biodiversidade que, obviamente, não abrange todas as questões possíveis sobre o conceito, mas levanta temáticas muito importantes, que vale a pena serem pensadas e desenvolvidas tanto no âmbito da educação formal como da não formal”, analisou.

Na escola, segundo Marandino, a educação em biodiversidade atualmente está muito baseada no ensino do conceito a partir da ecologia sistêmica, com ênfase em cadeias ambientais, e se dá pouca atenção à ecologia humana.

Nesse sentido, de acordo com uma pesquisa realizada com professores de ciências do ensino básico pelo professor da Faculdade de Educação da Unicamp, Antonio Carlos Rodrigues Amorim, os sentidos, significados e conceitos sobre biodiversidade apresentados pelo BIOTA-FAPESP devem se confrontar com o conceito de biodiversidade consolidado e estabelecido pela biologia que é ensinada na escola.

“Para os professores, a incorporação no currículo de biologia do conceito de biodiversidade do BIOTA-FAPESP poderia causar uma desestruturação no modo de pensar a biologia que é próprio da escola”, disse Amorim.

Segundo ele, alguns dos temas que poderiam ser trabalhados em sala de aula a partir do programa, apontados pelos professores que participaram do levantamento, foram sustentabilidade e ecossistemas que utilizassem exemplos de organismos que compõem a biodiversidade do Estado de São Paulo.

“Essas foram indicações de temas que elas fizeram naturalmente porque são questões que, se incluídas no planejamento escolar, não romperiam com a tradição do ensino da biologia na escola”, disse Amorim."

Fonte: Elton Alisson / Agência FAPESP
Postado por InovaBrasil às 4/11/2011 05:09:00 PM
Marcadores: biodiversidade, BIOTA-FAPESP, cooperação, educação

BOLSAS DE ESTUDO NO EXTERIOR.


"EURIAS - Europa oferece bolsas de estudo.

O programa Institutos Europeus para Estudos Avançados (Eurias) oferece 36 bolsas de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, em instituições da Europa e de Israel, para o ano acadêmico 2012-2013. Candidatos de todo o mundo podem se inscrever pela internet até o dia 31 de maio.

O Eurias é um consórcio de 14 institutos de estudos avançados coordenado pela Rede Francesa de Institutos de Estudos Avançados (RFIEA). As bolsas são oferecidas principalmente para as áreas de ciências humanas e sociais, mas candidatos das áreas de ciências exatas e naturais também podem ser contemplados, caso seus projetos não exijam o uso de instalações laboratoriais.

No ano acadêmico 2012-2013, o programa oferece 36 bolsas, sendo 19 para pesquisadores juniores e 17 para pesquisadores seniores. Os programas de pesquisa nos 14 institutos participantes têm duração de dez meses.

As bolsas totalizam 26 mil euros para candidatos juniores e 38 mil euros para candidatos seniores. Os candidatos selecionados também terão alojamento à disposição, uma ajuda de custo para pesquisas e para despesas de viagem.

Os 14 institutos participantes estão localizados em Berlim (Alemanha), Bolonha (Itália), Bruxelas (Bélgica), Bucareste (Romênia), Cambridge (Reino Unido), Helsinki (Finlândia), Jerusalém (Israel), Lyon (França), Nantes (França), Paris (França), Uppsala (Suécia), Viena (Áustria) e Wassenaar (Holanda).

Os candidatos devem apresentar uma proposta de pesquisa sólida e inovadora, demonstrar a habilidade de atuar além de seu campo de especialização, demonstrar comprometimento internacional bem como publicações de qualidade em foros de grande impacto."

Fonte: Agência FAPESP
Postado por InovaBrasil às 4/22/2011 12:04:00 PM
Marcadores: bolsa no exterior, EURIAS - Europa oferece bolsas de estudo, oportunidade pessoal, vaga de emprego

BOLSAS DE ESTUDO: PÓS GRADUAÇÃO.

"DAAD - Aberta seleção para master na Alemanha

O DAAD abriu inscrições para a seleção de bolsistas para o Programa de Pós-graduação em Temas com Relevância para Países em Desenvolvimento 2012-2014. Nesta edição do programa, são oferecidos 43 cursos de master em diferentes áreas: gestão e política econômica, planejamento regional, engenharia e ciências próximas, ciências agrícolas, florestais e ambientais, matemática, saúde, ciências sociais, educação, direito e mídia.

Três novos cursos foram incluídos nesta nova seleção: Water Resources and Environmental Management, na Universidade de Hannover; Health and Society: Gender and Diversity, na Universidade Médica Charité de Berlim; International Media Studies, na Hochschule Bonn-Rhein-Sieg em parceria com a DW-Akademie (Academia da Deutsche Welle). Dois outros deixaram de fazer parte do programa. A lista completa, tanto dos cursos oferecidos quanto dos pré-requisitos exigidos, pode ser conferida no site brasileiro do DAAD:

Os candidatos devem enviar a documentação para o escritório do DAAD no Rio de Janeiro até 31 de julho de 2011, mas também têm a possibilidade de encaminhar os documentos para o DAAD em Bonn até 31 de agosto ou ainda diretamente para as universidades, neste último caso com data de chegada até 15 de outubro.

Na última seleção, dos 40 brasileiros que se candidataram, nove foram contemplados com bolsas de estudos. Dois deles realizarão o master na Universidade de Magdeburg, enquanto os demais seguirão para cursos nas universidades de Leipzig e Freiburg, na Universidade de Ciências Aplicadas de Colônia (FH Köln), nas universidades técnicas de Dresden e Darmstadt. Também há um estudante selecionado para o Instituto de Tecnologia de Karsruhe (KIT) e outro para o convênio entre a Universidade de Göttingen e a Universidade de Talca, no Chile."

Fonte: DAAD
Postado por InovaBrasil às 4/02/2011 08:04:00 AM Marcadores: ALEMANHÃ, bolsa no exterior, cooperação, oportunidade pessoal, PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, PÓS-GRADUAÇÃO, vaga de emprego

BOLSAS DE ESTUDO.

"CNPq - propostas para Pibic e

Pibic-Af somente até maio

O CNPq está com as inscrições abertas para dois editais até o dia 2 de maio. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) tem como objetivo contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa.

Já o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (Pibic-Af) visa ampliar a oportunidade de formação técnico-científica de estudantes de graduação do ensino superior, cuja inserção na comunidade acadêmica se deu pelo vestibular.

As bolsas terão duração de até 12 meses. No âmbito do Pibic, destinam-se a instituições públicas, comunitárias ou privadas, com ou sem curso de graduação, que efetivamente desenvolvam pesquisa e tenham instalações próprias.

No Pibic-Af, as bolsas são voltadas a instituições públicas que já participam do Pibic ou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti)."

Fonte: Gestão CT
Postado por InovaBrasil às 4/05/2011 05:06:00 PM
Marcadores: bolsas, CNPq, oportunidade pessoal, pibic

CIÊNCIA E TECNOLOGIA.


"Embrapa - Contando Ciência na Web.

Só para menores
Crianças de todo o país contam com um novo recurso para aprender mais sobre o universo da pesquisa. Trata-se do site infanto-juvenil Contando Ciência na Web, lançado no dia 4 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Desenvolvido pelo braço de Informação Tecnológica da instituição, com sede em Brasília, o site reúne algumas das principais tecnologias de cada centro de pesquisa da Embrapa. Esses centros são apresentados em formatos variados, como jogos e livros virtuais, com linguagem adaptada ao público infantil.

Para desenvolver o site, equipes multidisciplinares de profissionais estiveram envolvidas no projeto durante cerca de dois anos. Para isso, o órgão disse que foram testadas as formas mais adequadas de organização das informações para melhor entendimento pelo público-alvo desejado.

Além das crianças, os testes contaram com o acompanhamento de uma comissão de especialistas e de pesquisadores do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Universidade de Brasília (UnB) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A principal característica do site é a interatividade. Cada item do menu é gerido por uma unidade da Embrapa. Nas sessões “Você sabia?”, “Conheça a Embrapa”, “Brinque com Ciência”, “Biblioteca” e o “Glossário” é possível aprender um pouco mais sobre o universo científico e o mundo da pesquisa. Já no “Bloguinho”, as crianças podem trocar ideias com pesquisadores sobre diversos temas."

Fonte: Agência FAPESP
Postado por InovaBrasil às 4/13/2011 04:28:00 PM
Marcadores: CONTANDO CIÊNCIA NA WEB, educação, educação a distância, EMBRAPA, tecnologia da informação e comunicação

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ECONOMIA E ECOLOGIA.

Artigo.

Prof .Marcus Eduardo de Oliveira.

A discussão em torno da necessidade de se obter a qualquer custo elevadas taxas de crescimento econômico tem propiciado cada vez mais a aproximação entre a reflexão econômica e a ecológica. No passado, essa relação sempre se manteve distante, em tom nada amistoso, o que provocava, por conseguinte, o aguçamento dos lados conflituosos. Parte considerável desse antagonismo residia, especialmente, em torno da problemática do crescimento da economia versus exploração de recursos naturais. Visto por outro prisma, estamos nos referindo ao conflito entre as Leis da Economia (que objetivam o crescimento da atividade produtiva) versus as Leis na Natureza (que determinam o quanto de recursos estão disponíveis para se atingir esse crescimento).

No calor desse debate que ainda se mantém vivo nos dias atuais, as divergências acirraram-se quando se busca estipular parâmetros para o desenvolvimento de uma economia mais verde que seja, caracteristicamente, mais respeitosa em relação ao meio ambiente. De um lado, há os que defendem um crescimento da economia a qualquer custo, vendo nisso a saída mais rápida para atenuar os graves problemas de ordem social. Do outro lado, há os que clamam pela interrupção imediata de uma taxa de crescimento que tem gerado mais passivo ambiental que proporcionado melhorias coletivas.

O lado bom dessa discussão é que inevitavelmente algumas verdades sempre vêem à tona. Uma delas, por exemplo, aponta que a atividade econômica, na voracidade de produzir mais, enaltecendo assim apenas o lado quantitativo do processo produtivo com o intuito único em atender aos ditames do mercado, sempre se posicionou de forma extremamente agressiva no ato de extrair recursos da natureza. O resultado disso é o total desequilíbrio ecológico que temos presenciado. Fora isso, a “agressão econômica” sobre o meio ambiente continua durante todo o processo produtivo e, principalmente, após o consumo final “soltando” resíduos que também vão diretamente agredir o planeta Terra.

Ademais, essas “verdades” não param por aí. Dessa dialética entre economistas pró desenvolvimento e ecologistas pró preservação, há que se firmar a irretocável veracidade de outro assunto: não há mais espaço físico – nem condições – para se fixar metas de crescimento exponencial. Os recursos para tal desejo são, por definição, finitos. Assim como a própria biosfera também é finita, limitada e hermeticamente fechada. Ou seja, em curtas palavras, não aumentará de tamanho. Qualquer tentativa de ir contra essa verdade é, em essência, potencialmente geradora de passivos ambientais.

Vejamos então que esse debate além de ser interessante é revestido de tom polêmico.

Para aguçarmos ainda mais esse debate, essa polêmica propriamente dita, apresentamos a seguir, em forma de apontamentos, algumas considerações sobre essa questão que, na essência, vamos aqui chamar de Ecoeconomia, resgatando assim uma expressão definida e consagrada pela primeira vez por Lester Brown. Essa Ecoeconomia visa, na prática, reconhecer que a Economia não pode ser pensada sem o auxílio da Ecologia. E mais: definitivamente a economia precisa se reconhecer como sendo um subsistema de algo maior que é o meio ambiente. Clóvis Cavalcanti, um dos economistas brasileiros mais comprometidos com a defesa da economia ecológica pondera que “…não se trata de aceitar um dogma de fé, mas de reconhecer inquestionável evidência: não existe sociedade (e economia) sem sistema ecológico, mas pode haver meio ambiente sem sociedade (e economia).

”Dito isso, vamos a alguns apontamentos que realçam essa relação entre o pensamento econômico em conjunto ao pensamento ecológico:

* Pelo menos desde o Neolítico (12.000 anos a.C.) todas as sociedades históricas consomem de forma crescente energias da natureza;

* A partir dessa constatação faz-se necessário conciliar a Economia com o Meio Ambiente, tendo em vista que tudo, absolutamente tudo, vem da natureza. Não é mais possível que os economistas (em especial os acadêmicos de cunho tradicionalista) continuem a ignorar essa realidade. A Economia precisa estar em fina sintonia com a Ecologia.

* O fato mais grave, no entanto, é que a teoria econômica tradicional propõe o crescimento econômico sem limites, de forma exponencial e ininterrupto, a qualquer custo, e esquece, nesse pormenor, que a biosfera é finita, limitada e não aumentará de tamanho. Nesse sentido, é absolutamente ignorado pelas Leis da Economia o pressuposto básico que aponta para um crescimento econômico que feito à revelia somente será capaz de produzir passivo ambiental. Essa questão é simples: não há espaço para todos; muito menos há recursos disponíveis para transformar a Terra num “Éden” como querem alguns. Assim, definitivamente a Terra não pode produzir tudo àquilo que a sanha consumista deseja;

* Gandhi, um dos seres mais Iluminados que habitou o planeta Terra, a esse respeito profetizou que: “A Terra é suficiente para todos, mas não para os consumistas”;

* Entretanto, de forma estúpida, irracional e pouco inteligente, a Economia não é mais entendida como gestão racional da escassez, mas sim como a ciência capaz de crescer exponencialmente, sendo que esse crescimento irá na opinião de alguns curar todas as enfermidades do mundo; Dessa forma, o que temos pela frente?

* De um lado, temos um “crescimento” das necessidades das pessoas que vão se avolumando mais e mais, fruto de uma conta matemática que chega a ser assustadora: descontadas as mortes, temos a cada dia 200 mil novas almas nascendo em partes diferentes do mundo. Ao ano, são mais de 70 milhões de novos habitantes no planeta Terra;

* Mesmo assim, dizem os inconseqüentes (em especial os economistas acadêmicos pouco sensíveis aos problemas ambientais), que o mais importante é crescer, aumentando a produção para atender toda essa gente que está chegando ao planeta Terra. Apenas a título de ilustração cabe apontar que em apenas 50 anos, de 1950 a 2000, o PIB mundial saltou de 6 trilhões de dólares para 43 trilhões. Portanto, aumentou sete vezes de tamanho. E a população, como se comportou ao longo do tempo? Em 1900, havia 1,5 bilhão de pessoas no mundo. Hoje, 111 anos depois, dividimos o mesmo espaço no planeta Terra com 6,7 bilhões de pessoas;

* Dessa forma, cremos ser necessário pôr fim à idéia de um crescimento econômico exponencial por dois singelos motivos: 1°) Esse crescimento não eliminará todos os males sociais e econômicos do mundo; 2°) Os limites para tal crescimento são dados pelos recursos finitos da natureza;

* Ora, diante dessa realidade inelutável, é possível concluir que a Ciência Econômica desde seu nascedouro, se encontra anos-luz de distância e totalmente “desconectada” da realidade ambiental e, além disso, essa mesma ciência econômica não percebe os riscos que a insistência num crescimento sem respeito à biosfera está provocando;

* A Economia que aí está, praticada de forma livre, leve e solta pelas sociedades modernas e industrializadas, ainda não se deu conta que se trata apenas de um subsistema da natureza e que depende, substancialmente, dessa natureza para tudo – absolutamente para tudo;

* Tudo é fruto da questão da natureza. Vejamos que até mesmo as estrelas são essenciais nessa história de uma íntima relação entre Economia, Meio Ambiente e a capacidade de assegurar a vida de todos nós, pois são as estrelas que convertem o hidrogênio em hélio e, da combinação deles provém o oxigênio, o carbono, o fósforo e o potássio, sem os quais não haveria os aminoácidos nem as proteínas que são elementos indispensáveis à vida;

* No entanto, os “limites” ao crescimento econômico continuam sendo ignorados pela economia tradicional. Para o crescimento de qualquer economia é necessário matéria e energia. Acontece que o animal-homem não pode criar num piscar de olhos nem matéria nem energia.

* Entretanto, infelizmente, o sistema econômico sempre viu a natureza e seus recursos como um mero objeto para ser transformado, explorado e sugado. Nunca, em momento algum, esse sistema que “regula” as atividades da economia que conduz, por sua vez, a busca por taxas de crescimento econômico imperfeitos, falhos e destruidores, olhou para a natureza como algo a ser cuidado e protegido. A lógica mercadológica que prevalece é a de sempre: exploração;

* Diante disso, é possível afirmar que enquanto as Leis da Economia continuarem ignorando por completo as Leis da Natureza, o nosso futuro estará a cada segundo que passa mais comprometido, expondo, por conseqüência, todos nós em sério risco;

* Convém lembrarmos que não é a Terra que entrará em extinção com o desajuste entre a atividade produtiva e o sistema ambiental; somos nós que entraremos em “conflito”. Quem então está condenado? A Terra? Não, nós – a nossa espécie;

* De toda sorte, urge entendermos que é necessário trocar o crescimento (quantidade) por desenvolvimento (qualidade), sempre olhando atentamente para o equilíbrio ecológico;

* A continuar do jeito que está, com as coisas sendo feitas à revelia do equilíbrio ecológico, priorizando apenas os mecanismos de mercado que clama por mais lucros, somente quando o colapso ambiental se fizer evidente para todos, talvez aí sim recordá-lo-emos das sábias palavras do cacique Seattle: “Quando a última árvore for abatida, quando o último rio for envenenado, quando o último peixe for capturado, somente então nos daremos conta de que não se pode comer dinheiro”.

* Enquanto esse dia não chega que coloquemos desde já as mãos na cabeça para refletirmos sobre o que estamos fazendo a nós mesmos! E que dessa reflexão, encontremos as soluções necessárias para mudarmos a história que tem sido contada até hoje. A vida certamente nos agradecerá!

Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO (São Paulo). Mestre pela USP em Integração da América Latina é especialista em Política Internacional pela FESP. Autor dos livros “Conversando sobre Economia” e “Pensando como um Economista”.

Contato:prof.marcuseduardo@bol.com.br
Blog:http://blogdoprofmarcuseduardo.blogspot.com
Twitter:@marcuseduoliv
(Fonte: Por: Daiane Santana - Blog Vivo Verde)

SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENFOCA MOBILIDADE E SUSTNTABILIDADE.



O Recife recebe, de segunda (25) a quarta-feira (27) da próxima semana, o Seminário Internacional Mobilidade e Sustentabilidade, organizado pelo Consulado Geral da França para o Nordeste, o Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS) da Prefeitura de Recife e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O encontro reúne professionais franceses e brasileiros para trocar experiências na área da mobilidade e desenvolvimento sustentável.

O evento, com credenciamento para até 180 participantes, acontece no auditório do Porto Digital e conta com tradução simultânea. Mais de 15 palestrantes franceses e brasileiros – dentre os quais arquitetos, urbanistas, políticos, pesquisadores e professionais na área de mobilidade e sustentabilidade – vão apresentar suas propostas no evento, que se divide em três áreas de atuação: profissional (segunda), política (terça) e pesquisa (quarta-feira).

Os objetivos que os organizadores visam a alcançar com o seminário são os seguintes: promover uma cooperação franco-brasileira descentralizada entre instituções para alcançar uma parceria estável; identificar possíveis ações científicas e universitárias para atuar no domínio da mobilidade urbana e da sustentabilidade; e elaborar um grupo de trabalho para responder a um edital do Ministério Francês das Relações Exteriores sobre o tema.

Paralelamente aos debates, acontecem dois programas culturais abertos ao público. A abertura da exposição “As guardiãs da paisagem”, do arquiteto e fotógrafo Luc Adolphe, da cidade de Toulouse, será na segunda-feira, às 19h, na Aliança Francesa do Recife (Rua Amaro Bezerra, 466, Derby). Já o arquiteto e urbanista Rémi Papillault, também de Toulouse, faz a conferência “Chandigarh, a obra aberta e o tempo” na terça, às 19h, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, Bairro do Recife).

Mais informações Consulado Geral da França: (81)3117.3290.
http://recife.ambafrance-br.org/franca_no_nordeste@yahoo.fr.

SOBRE O SEMINÁRIO EM SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE.


Durante a realização do Seminário "Valorização do Bioma Caatinga" na cidade de Santa Cruz da Baixa Verde, pudemos aferir o interesse da comunidade local, interesse estampado em trabalhos literários realizados pelos jovens participantes do Progrma PROJOVEM, sirigido, naquela cidade, pela entusiasta professora Edcley Lima, que nos presenteou com os trabalhos postados abaixo.


"CANÇÃO DA TERRA.

A música relata a destruição do meio ambiente, que está ocorrendo profundamente em decorrência da ação humana. A poluição do are da água, extinção de animais e dentre outras que são prejudiciais a natureza, e que poderão vir a trazer futuramente, conseqüências desastrosas para toda e qualquer vida na terra.

A preocupação e a conscientização e eminente no decorrer dos dias, eis que e preciso que haja uma mobilização entre pessoas para que soluções e providencias sejam tomadas a fim de resolver alguns dos problemas enfrentados pela população.

Se cada um fizesse a sua parte o mundo seria muito melhor para vivermos, pois o desenvolvimento sustentável trás muitos benefícios, alem do crescimento, também a preservação, que e de suma importância.
Cuidar e amar é preservar, por isso devemos fazer isso antes que seja tarde demais e o estrago tenha mais proporções."

Interpretado pelos aluno do provem Baixa verde, de Santa cruz da Baixa verde:
- Adriana,
- Ednaele Sousa Pereira,
- Janaína Lima da Silva e
- Valquíria Kaliny da Silva Cordeiro.


"MEIO AMBIENTE.

O meio ambiente é o espaço em que vivemos. Nele atualmente estar havendo muita destruição e desrespeito fazendo com que cada vez mais o mundo sofra com as conseqüências desses atos funestos.

Estar ocorrendo terremoto falta de chuva, ou acesso do solo, aquecimento global e entre outros, que trás muitos danos irreversíveis ao planeta.

O efeito estufa e um grande problema da que enfrentamos, ele nus protege contra os raios ultravioletas que causam doenças e entre elas o câncer de pele.

A sua preservação e de suma importância para todos, eis que a falta de cuidados pode levá-lo a destruição total e acabar com toda e qualquer vida existente na terra. Por isso precisamos que haja mais respeito para que não soframos com os resultados das nossas ações. Uma ou outra possível solução para isso e a reciclagem do lixo, pois muitas vezes, o transformamos em verdadeiras obras de arte, que podem ser úteis e reutilizáveis, melhor do que ficarem expostos no meio ambiente e demorarem anos para se decompor.

A economia de água deve ser controlada, pois o seu desperdício trará grande prejuízo a população e no futuro não muito longínquo ela ira nus faltar. A melhor maneira de mostrar o quanto nos preocupamos e contribuir para sua preservação...

A soma dos pequenos faz a diferença, por isso se cada um fizer a sua parte, já e um grande começo para mudar o mundo."

Alunos do Pro jovem Baixa Verde, de Santa Cruz da Baixa Verde:
- Adriana,
- Leandra,
- Lucineide da Silva Rodrigues e
-Guilherme Nilys Lima Sá.


A EMA Parabeniza o município de Santa Cruz, na pessoa da professora Edcley Lima, valendo que seu trabalho é um exemplo a ser seguido pelos demais Progrmas PROJOVEM existentes nos demais Municípios da Região.

SEMINÁRIOS.



SEMINÁRIOS.

O Comitê da Reserva da Biosfera da Caatinga de Pernambuco – CERBCAAPE realizou Seminários sobre o tema “Projeto de Valorização da Caatinga”, nos dias 12 a 15 do mês corrente, nas cidades de Serra Talhada, Calumbi, Flores e Santa Cruz da Baixa Verde, Municípios situados na Região do Pajeú em Pernambuco. O Evento visava também o município de Triunfo que, por motivos superiores, deixou de ser atingido nessa etapa do Projeto.

Os Seminários obedeceram à seguinte programação: Serra Talhada: dias 12/13; Caloumbi: dias12/13; Flores: dias 13/14; Santa Cruz: dia 14.

Os Seminários visaram dois objetivos: 1º) a conscientização dos participantes sobre o uso do Bioma Caatinga como meio de geração de renda, todavia, obedecendo a processos de conservação do Bioma, que cobre 86% do território pernambucano; 2º) a escolha de representantes de cada Município para instalação do I Sub-Comitê do CERBCAAPE, a ser realizada nos dias 04 e 05 de junho próximos, quando será comemorado o dia internacional do meio ambiente.

Os Eventos obtiveram total sucesso, tendo contado com a presença de representantes dos Poderes Públicos locais (Prefeitos, Vereadores, Secretários Municipais), Líderes Comunitários, Representantes Sindicais, Agricultores, Professores e Estudantes dos níveis fundamental, médio e universitário.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

SOBRE A SEMANA DA CAATINGA EM FORTALEZA.

Paisagem da Caatinga - Chapada do Araripe - Foto: MMA



Ministra do Meio Ambiente abrirá Semana da Caatinga.

A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; juntamente com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio, e do presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Paulo Henrique Lustosa da Costa, farão oficialmente, na próxima segunda-feira (25), às 15 horas, no plenário do Poder Legislativo, a abertura da Semana Nacional do Bioma Caatinga no Ceará. A programação que se estenderá até o dia 30, alcançará diretamente 68 municípios. Na abertura da semana, em alusão ao Dia Nacional da Caatinga que se comemora, anualmente, a 28 de abril, será entregue a Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa, de cujo Comitê da Reserva da Biofesta da Caatinga, reúne-se, para análise dos currículos e a respectiva escolha do agraciado com a honraria de 2011. A cada ano, por lei, a medalha destinada-se a homenagear seja uma pessoa física ou jurídica, alternamente. Este ano será a vez da pessoa física.





A partir do dia 26 debates e palestras acontecerão, no hotel Oásis Atlântico (Av. Beira Mar, 2.500), com visita pelas autoridades e participantes, à exposição de experiência exitosas do Bioma Caatinga trazidas do Interior cearense. A primeira palestra caberá a Coordenadora do Projeto Mata Branca, Tereza Farias. Ela mostrará resultados de seu trabalho à frente do projeto. Em seguida haverá explanação de representantes do Ceará e da Bahia, destinatários do projeto Mata Branca: Antônio Luís Mota, do assentamento Luar do Sertão em Quiterianópolis (CE) e de Arthur Sampaio e Edimilson Nascimento, ambos, da cidade de Curaça, a 592 km de Salvador, Bahia. Ainda, pela manhã, Alexandrina Sobreira, Presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga usará da palavra. Em seguida mesa redonda e palestra de Indaya Silva e Silva do Comitê Estadual da Caatinga da estado da Bahia. O Presidente da Reserva da Biostera de Bardenas, Don José Antônio Gayarre Bermejo, juntamente, com Luiz Carrica Narvaiz, da Comissão do Governo da Reserva de Bardenas, da Espanha, usarão da palavra relatando suas impressões.





No expediente da tarde, Rodrigo Castro, da Associação Caatinga do Ceará fala sobre a criação de unidades de conservação na caatinga. A mesa dos trabalhos terá participação de representantes do Ministério do Meio Ambiente, da Associação Caatinga, Conpam, Semace e Funceme. Pela Bahia participa a técnica da Secretaria do Meio Ambiente, Sarah Maria Alves. Caberá a Ricardo Marques apresentar os resultados do Projeto de Desenvolvimento Hidroambiental, o PRODHAM que atua realizando obras e serviços voltados para a preservação e recuperação de áreas degradadas. Já o Projeto Aguadas da Bahia será enfocado por Roque Aparecido da Silva. O uso sustentável da biodiversidade da caatinga: tecnologias e manejo será o tema da uma das mesas com a explanação da técnica da Universidade de Pernambuco, Márcia Vanusa da Silva. O professor PhD em zootecnia, catedrático (aposentado) da UFC, hoje pesquisador da Embrapa e Universidade Vale do Acaraú, João Ambrósio de Araújo Filho enfocará as tecnologias aplicadas ao manejo sustentável da caatinga. O Projeto São José será tema da palestra de Raimundo de Pinho Gomes e Nicolas Fabre.





O programa de regularização fundiária será abordado por representantes do Incra, da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Idace e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Expositor: Ricardo Durval. Luciano Mattos, da Embrapa abordará os pagamentos dos serviços ambientais , enquanto Jorge Vivan, consultor do Banco Mundial discorre sobre metodologias e projetos em execução de serviços ambientais. Haverá ainda uma explanação sobre hortas pedagógicas por representantes da Bahia. Sistemas de energias renováveis nos processos produtivos agrícolas sustentável, bem como formação de agentes ambientais e patrimoniais da Região dos Inhamuns é o enfoque a ser dado pela Fundação Bernardo Feitosa. O setor ceramista, programa e produção mais limpa será abordado por Fernando Antônio Ibiapina Cunha da Cerâmica Torres.

No dia 27, José Ricardo Araújo Lima explanará sobre planos de manejos agroflorestais e agrossilvipastoris (modalidade dos Sistemas Agroflorestais, em que se combina árvores, cultura agrícola, forrageira e/ou animais numa mesma área ao mesmo tempo ou de forma seqüencial, sendo manejados de forma integrada). Ainda no mesmo dia, expediente da tarde, haverá uma mesa para discutir-se a integração dos setores governamentais, terceiro setor, parlamento e sociedade civil para implementação de políticas públicas no Bioma Caatinga. Com participação de representantes do governo estadual, Conpam, Assembléia Legislativa, Aprece e Pacto dos Inhamuns.

Já no dia 28, em Brasília, uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, abordará a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe transformar o cerrado e a caatinga em patrimônios nacionais. À tarde, no Palácio do Planalto, solenidade de assinatura, pela presidenta Dilma Rousseff dos decretos do programa Caatinga Sustentável e da Comissão Executiva do PP da Caatinga.

Das 68 cidades do Interior do Estado cearense, contempladas com o Mata Branca, em seis delas onde há intervenção direta do projeto a programação da Semana da Caatinga será extensa: Crateús, Independência, Novo Oriente, Parambu, Quiterianópolis e Tauá. Nos demais municípios, onde, também o Projeto Mata Branca atua haverá, igualmente, atividades no decorrer da semana em escolas públicas municipais e estaduais.

20.04.2011
Assessoria de Imprensa do Conpam Pedro Gomes de Matos Neto – 85 b9984.440 e 3101.123.
Ranne Almeida - 85 9978.7019 e 3101.1234

Noticiamos o falecimento do grande hidrogeólogo Aldo Rebouças.

Merecido descanso para o Aldo, por certo já cansado do sofrido enfrentamento da doença que o consumia. O Brasil perde um cientista e um cidadão exemplar. Humano, simples, firme na defesa de suas convicções, e de uma consistência científica que o fez respeitado nacional e internacionalmente. A Nação está de luto.

(Álvaro Santos)-Fonte para edição no Rema: Apolo Lisboa - apololisboa@gmail.com

"Quem foi Aldo Rebouças.


O professor Aldo Rebouças tinha graduação em Geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestrado e doutorado pela Universite de Strasbourg – França e pós-doutorado pela Stanford University – Califórnia, Estados Unidos.

Autor do primeiro documento a sugerir a inclusão do tema sustentabilidade na agenda de desenvolvimento dos países -, Aldo da Cunha Rebouças, era ainda um jovem geólogo formado pela Universidade Federal de Pernambuco, já alertava os órgãos públicos para o fato de que a má gestão e o uso inadequado da água comprometeriam a qualidade da oferta do produto. Ao longo de mais de 40 anos de pesquisa, ele defendeu obsessivamente a premissa de que “o conceito de água abundante, inesgotável e gratuita, uma dádiva de Deus ou de qualquer outra figura cósmica, da igreja ou de políticos, dos coronéis ou do homem, da natureza”, era uma ficção obsoleta. Necessidade de tratamento especial.

“A água subterrânea está presente nos terrenos sedimentares e não precisade nenhum tratamento especial, exceto a cloração”, explicou em entrevistaà Radiobrás, em 1999. Esse potencial, no entanto, é subaproveitado, apesarde as tecnologias de retirada dessa água serem relativamente simples e debaixo custo: basta uma bomba manual ou cata-ventos movidos a energiaeólica que custam entre R$ 200 e R$ 400.Um inventário recente dos poços já perfurados revelou, no entanto, quecerca de 30 mil deles não estavam equipados para a extração de água.Aldo Rebouças era uma referência mundial no estudo das águas. Em meados de 1970 o Nordeste “não lhe coube mais”.


Já casado com donaSuzana e com três filhos, Rebouças transferiu-se para a USP, onde fez oque considera sua maior contribuição para a hidrologia: descreveu oaqüífero Guarani, um manancial de água doce subterrânea de proporçõesgigantescas, localizado na região centro-leste da América do Sul, que se estende pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. “Descobri que ocristalino tem muita água”, resume, modesto. Até então a ciência descreviasó parte dessa imensa formação, o aqüífero Botucatu. A descoberta deRebouças foi batizada pelo uruguaio Danilo Anton, em memória dos povos indígenas da região.

Poços com in clinação.

Uma das soluções para o Nordeste, na sua avaliação, estaria na construçãode poços artesianos inclinados, já que a região está localizada sobre umafratura de rochas antigas, pré-cambrianas, de muito movimento. A outra, ea regra vale para todo o país, está na educação. “O cidadão brasileiro precisa ser informado ao máximo para utilizar, de forma cada vez mais eficiente, cada gota d`água disponível, reduzindo-se os desperdícios nas grandes cidades onde ainda se utilizam bacias sanitárias que necessitam dedescargas que consomem de 18 a 20 litros, quando se tem modelos no comércio que necessitam de apenas 6 litros”, afirmou."


SOBRE O NOVO CÓDIGO FLORESTA.

Colhemos hoje do Terra Magazine importante artigo de Dayanne Souza, da Terra Magazine, onde são tecidas justas críticas sobre a tramitação do projeto do Novo Código Floresta.



"Ivan Valente: Projeto do Código Florestal está ficando pior

publicado no dia 07/04/11 //
Por Dayanne Sousa, da Terra Magazine

Já se passaram dez meses desde que o relatório do novo Código Florestal foi apresentado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP). Críticas do lado dos ambientalistas não faltaram e a votação do projeto foi atrasada. Tanto tempo depois, é possível que nenhuma linha mude. “E, se mudar, talvez mude para pior”, conclui o deputado Ivan Valente (Psol-SP), membro da Frente Parlamentar Ambientalista.

Nesta terça-feira (5), uma comissão formada por deputados ambientalistas e ruralistas apresentará uma lista de pontos pró e contra o polêmico relatório de Aldo Rebelo. Até mesmo o Ministério do Meio Ambiente interveio. Participou de conversas com Rebelo, chegou a anunciar que proporia um texto alternativo e, segundo parlamentares, recuou.

Com todos estes esforços, Valente não acredita que as exigências ambientalistas e de grupos como o Movimento Sem Terra sejam atendidas por Rebelo. A Terra Magazine, o deputado do PC do B revelou que quer apresentar seu novo relatório já nesta semana e faz pressão para que a votação ocorra o quanto antes.

Para Valente, só um esforço governista seria capaz de impedir o sucesso de medidas polêmicas propostas por Rebelo, como redução da área de proteção das margens dos rios, diminuição da área de reserva legal da Amazônia e o fim de uma moratória que impediria o corte de árvores por cinco anos.

- A decisão depende do relator, mas depende também da bancada do PT. Eles têm 88 deputados que podem barrar qualquer tramitação – convoca o deputado do Psol.

Leia a entrevista com Ivan Valente.

Terra Magazine – A Comissão Especial sobre o Código Florestal, da qual o senhor faz parte, entregará na próxima terça um relatório com suas conclusões?
Ivan Valente – Nós vamos apresentar a catalogação do que foi apresentado à comissão como nota técnica. Tem cerca de 35 contribuições que chegaram. De várias entidades: Ministério Público, entidades ambientalistas e os próprios deputados. Estamos tentando compilar esse material e apresentar uma síntese de pontos divergentes. E eu vou pedir que haja umas três ou quatro semanas de discussão.

O deputado Aldo Rebelo fala em votar já na próxima semana…

Eu sou contra. O Aldo Rebelo está com uma pressa danada. O relatório dele é o relatório do agronegócio, com o pretexto de ser o relatório da agricultura familiar. Ele tem dito que vai mudar o relatório ainda para pior. Acabar com a moratória do corte de árvores, reduzir ainda mais as matas ciliares, menos espaço para as nascentes. Ele está trabalhando rigorosamente para violentar toda a legislação ambiental. Isso em nome de defender os pequenos. Mas o relatório do Aldo Rebelo é defendido por pessoas que defendem a grilagem de terras, pessoas que não querem votar a emenda que vai acabar com o trabalho escravo. Por isso, nós estamos mostrando que não há essa pressa toda. Essa pressa é em nome do lucro.

O deputado Aldo Rebelo apresentou esse relatório pela primeira vez em junho de 2010. Desde então, ele foi muitíssimo contestado. Passaram a haver diálogos, então, com os Ministérios de Agricultura e Pecuária e de Meio Ambiente. Foi constituída essa comissão na Câmara de ambientalistas e ruralistas. E daí? No fim das contas, vai prevalecer o texto inicial?

E, se mudar, talvez mude para pior. Porque o governo tem sido omisso. A bancada ruralista, a bancada do fazendeiro, tem 150 deputados lá. Ela é suprapartidária e ela chantageia o governo. O governo, em vez de fazer um enfrentamento, está tendo uma postura muito omissa em relação às declarações do deputado Aldo Rebelo.

O Ministério do Meio Ambiente chegou a anunciar que prepararia um texto alternativo. Isso seria viável?
Certamente. Mas o governo não está querendo enfrentar os ruralistas. Eles são contra a anistia a desmatadores e contra mexer em áreas de preservação permanente, mas o governo da presidente Dilma não faz uma oposição frontal a esse relatório do Aldo. Fica numa lógica de omissão e mediação.

A apresentação dessas contribuições técnicas pode mudar a situação na prática? No fim das contas, a decisão final é do relator Aldo Rebelo.

Sim, a decisão depende do relator, mas depende também da bancada do PT. Eles têm 88 deputados que podem barrar qualquer tramitação. Também depende do governo. Se o governo disser que não aceita e que vai vetar depois, o Aldo recua. Se ele quiser ir, vai para perder. Mas ele está trabalhando com o que há de mais reacionário na Câmara. Trabalhando com partidos conservadores."

Fonte: Terra Magazine http://terramagazine.terra.com.br

SOBRE A USINA DE BELO MONTE.

Postamos abaixo artigo do economista Dion Monteiro que condiz com o pensamento dos verdadeiros ecologistas nacionais.



"Belo Monte é obsessão para o governo brasileiro.

publicado no dia 11/04/11 //
Por Dion Monteiro*

Muito mais que acordos políticos, o imediato retorno de Edison Lobão ao Ministério de Minas e Energia, mesmo tendo sido reeleito senador pelo Maranhão, já mostrava que a presidente Dilma Rousseff pretende levar de forma firme e determinada o projeto (iniciado na ditadura militar) de barramento dos rios da “nova” fronteira energética do país, a Amazônia. A própria presidente retomou esse processo quando ministra das Minas e Energia do governo Lula, fortalecendo-o mais ainda quando ministra da Casa Civil.

O Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2019 prevê a construção de mais de 60 novas hidrelétricas, com a geração de aproximadamente 43 mil MW de energia destinados a atender, em especial, as grandes indústrias e as mineradoras, impedindo o curso normal e até mesmo “matando” diversos rios, entre estes os rios Araguaia, Parnaíba, Tocantins, Araguari, Teles Pires, Tapajós e Xingu.

O Painel de Especialistas, conjunto de professores e pesquisadores de importantes universidades e centros de investigação, depois de elaborar e entregar ao IBAMA o relatório chamado “Analise Critica do EIA do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte”, continuou analisando os documentos elaborados pelo consórcio Norte Energia, encontrando problemas gravíssimos que mostram tecnicamente a completa inviabilidade social, econômica e ambiental da UHE Belo Monte.

O Ministério Público Federal (MPF) também continua acompanhando de perto este processo, tanto no que se refere ao monitoramento das quase uma dezena de ações, sobre Belo Monte, não julgadas pelo judiciário brasileiro, quanto no que diz respeito à elaboração de novas ações contra o açodado e irregular processo implementado nesta usina. A ultima ação do MPF referiu-se a “Licença de Instalação parcial” emitida pelo IBAMA, que possibilitou o inicio dos trabalhos sem que fossem atendidas as obrigações definidas nas 40 condicionantes apresentadas na Licença Prévia, e no Projeto Básico Ambiental (PBA) de Belo Monte.

Após receber, em novembro de 2010, denuncia dos povos do Xingu, a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu, no dia 01.04.11, parecer solicitando que o Brasil suspenda imediatamente o processo de licenciamento e construção de Belo Monte, e impeça ainda a realização de qualquer obra material, até que os indígenas da bacia do rio Xingu sejam ouvidos. Esta solicitação reforça e comprova a denuncia de irregularidades que pesquisadores, MPF, organizações e movimentos sociais do Xingu já vêm apresentando há muito tempo.

Assim que foi comunicado a respeito da solicitação da OEA, o governo brasileiro preferiu imediatamente desqualificar este pedido, tratando-o como precipitado e injustificável, e já afirmou que não vai atendê-lo, colocando o Brasil em uma situação constrangedora, isto para falar o mínimo, prejudicando inclusive a imagem e o respaldo que o país até pouco tempo possuía para cobrar de outros países o cumprimento de acordos internacionais, em especial sobre leis ambientais, e até mesmo para continuar reivindicando, por exemplo, assento no Conselho de Segurança da ONU, um dos sonhos do governo federal.

Todos estes elementos, reforçados pela reação intempestiva do governo brasileiro, comprovam, de forma cabal, que o planalto deixou de avaliar Belo Monte a partir de uma lógica racional, levando em conta os elementos técnicos e os fatores sociais, ambientais e culturais. Os últimos acontecimentos explicitam que o governo do Brasil trata hoje Belo Monte de forma obsessiva, irracional, movido unicamente pela necessidade de atender a interesses políticos e econômicos. Mas, no final das contas, quem vai pagar por essa obsessão? Pelo menos sabemos de antemão que não são os políticos de Brasília, e nem as grandes indústrias e mineradoras nacionais e transnacionais.

*Dion Monteiro é economista do IAMAS, mestre em Planejamento do Desenvolvimento, e componente do Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre."
Esta notícia foi postada segunda-feira, abril 11th, 2011 às 15:24 e pertence à Artigos. Você pode seguir qualquer resposta à esta notícia através do RSS 2.0.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EVENTOS.

SIMAS - UFRPE 2011.


I Simpósio Biodiversidade, Manejo, Conservação e Pesquisa de Animais Silvestres.

O Simpósio acontecerá nos dias: 26, 27 e 28 de Abril de 2011.

Horário: 18:00 às 21:30.

Local: Salão Nobre da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Valor do Simpósio até o dia 20 de Abril: R$ 15,00, após esta data o valor será de R$ 20,00.

Também será exigido 2kg de alimento no momento do credenciamento para o Natal do Solidário da UFRPE, onde estará concorrendo a 2 Notbooks.

Mais informações no site do evento: ttp://simpbio.webnode.com.br /ou http://www.ufrpe.br/noticia_ver.php?idConteudo=9123.

EVENTOS.

Conforme noticiamos, nos dias 15 e 16 do mês de março próximo passado, foi realizado o WORKSHOP Manejo Sustentado da Caatinga - Pesquisa e Políticas Públicas. Abaixo, postamos o Relatório da referida Oficina: WORKSHOP Manejo Sustentado da Caatinga – pesquisa e políticas públicas. RELATÓRIO DO EVENTO Período: 15 – 16.03.2011.

Local: Hotel São Cristóvão – Serra Talhada-PE

Participantes: A lista completa de participantes é apresentada no Anexo I. Buscou-se desde o planejamento do workshop obter uma participação equilibrada entre agricultores, técnicos de entidades governamentais e não-governamentais, pesquisadores e professores. De forma resumida, obteve-se a seguinte participação: Público Número de participantes Agricultores 07 Pesquisadores e professores 07 Técnicos de órgãos públicos 10 Técnicos de ONG, sociedade civil e setor privado 05 APNE-KEW 05 Objetivos: Os objetivos principais do workshop foram: - divulgar as ações e os resultados do Projeto Madeiras (parceria entre a APNE, KEW e IPA); - discutir gargalos e estratégias para promoção do uso sustentável da caatinga; - discutir formas de comunicação de técnicas de uso sustentável da caatinga; - discutir formas de integração do manejo sustentável da caatinga em políticas e normas. Programação: A programação do evento é apresentada abaixo e foi realizada na íntegra. PROGRAMAÇÃO Day Time Assunto 15.03 08:00 – 08:30 Apresentação dos participantes e da programação. Objetivo do evento e resultados esperados. 08:30 – 09:00 O Projeto Madeiras. 09:00 – 12:30 Visita de campo à área experimental na Estação Experimental do IPA. 12:30 – 14:00 Almoço. 14:00 – 14:30 Introdução. 14:30 – 15:00 Manejo sustentável de espécies nativas da Caatinga. Os resultados do Projeto Madeiras. Parte 1. Crescimento de biomassa. 15:00 – 15:30 Manejo sustentável de espécies nativas da Caatinga. Os resultados do Projeto Madeiras. Parte 2. Qualidade da madeira. 15:30 – 16:00 Lanche. 16:00 – 16:30 Manejo sustentável de espécies nativas da Caatinga. Os resultados do Projeto Madeiras. Parte 3. Dendrocronologia. 16:30 – 17:00 Visão e opinião de produtores familiares com respeito ao manejo florestal da caatinga. 17:00 – 17: 30 Introdução ás atividades do dia seguinte. 16.03 07:30 – 9:30 Trabalho em grupos: Comunicando técnicas de manejo sustentável. 09:30 – 10:00 Lanche. 10:00 – 11:00 Apresentações dos grupos. 11:00 - 12:00 Plenária. 12:00 – 13:30 Almoço. 13:30 – 14:30 Trabalho em grupos: a integração do manejo sustentável em políticas e normas. 14:30 – 15:30 Apresentações e plenária. 16:00 – 16:30 Avaliação do Workshop. 16:30 – 17:00 Encerramento. Resultados dos trabalhos de grupos O trabalho de grupo foi organizado conforme os públicos alvos pretendidos e apresentados acima. A participação nos grupos foi muito positiva bem como os resultados apresentados. As discussões em plenária também demonstraram a motivação do público presente para discussões mais profundas e o anseio de contribuir com propostas concretas com relação ao tema. Os resultados e a participação de cada grupo são apresentados no Anexo II. Encaminhamentos Um dos principais resultados do evento foi o compromisso assumido pelos participantes e instituições em dar continuidade à discussão das principais recomendações dos grupos. Neste sentido, foi acordado em realizar novos encontros mais específicos para transformar as propostas, apresentadas pelos grupos, em ações concretas ou estratégias concretas e institucionais, visando qualificar e fortalecer o manejo florestal no Estado. Estas proposições seriam encaminhadas pelo grupo aos gestores institucionais do Governo. Como primeiro desdobramento será realizado uma reunião com os participantes para transformar o Anexo II em um documento único, sistematizando e conciliando as propostas dos quatro grupos. Avaliação do workshop Ao final do evento foi realizada uma avaliação individual por meio de formulário e depoimentos individuais. O resumo das avaliações por formulário é apresentado no Anexo III. É importante enfatizar que a participação dos agricultores no evento foi considerada muito importante e muito eficiente, tanto por parte dos próprios agricultores como por parte dos demais participantes. Avaliou-se que o momento de discussão da “Visão dos agricultores” foi comprometido devido ao surgimento de assuntos muito polêmicos com relação à exploração da caatinga. É necessário fortalecer esta participação no futuro visando conseguir uma representação mais equilibrada. Vale a pena destacar também a veiculação do workshop na rede de televisão da região, divulgando o tema do manejo florestal da caatinga para um público maior. Acredita-se, também, que o evento resultou muito positivo para os participantes de outros Estados, uma vez que os resultados apresentados e as discussões realizadas se aplicam à caatinga como um todo e não apenas ao estado de Pernambuco. As recomendações e propostas dos grupos também poderão ser aprofundadas e aplicadas nos outros estados. Anexo I. Lista de participantes Nome Instituição - Setor E-mail Telefone Taciana F. de Lima - Diretoria de Meio Ambiente - taciana.admujepe@gmail.com - (87) 9622-1122. Ednilza Maranhão Santos - UFRPE/UAST - ednilzamaranhao@yahoo.com.br - (87) 9654-3864. Gleymerson Almeida - UFRPE/UAST - gleymersonalmeida@hotmail.com. (87) 9927-9871. Amélia B. Baracat - Royal Botanic Gardens, Kew - a.baracat@kew.org - 44-083325718. Peter Gasson - Royal Botanic Gardens, Kew - p.gasson@kew.org - 44-2083325330. Homem Bom - Diretoria Municipal de Meio Ambiente - bonzinho - (87) 9905-4405. Adelmo Bezerra Gomes - Prefeitura de Serra Talhada -adelmobezerra.sec.agr@hotmail.com - (87) 9929-8966. Fernando Gallindo - Inst. Agronômico de Pernambuco-IPA - fernando.gallindo@ipa.br - (81) 3184-7259,. José Cardeiro dos Santos – SEMAS - cordeiro@sectma.pe.gov.br (81) 3183-5588. Plínio Augusto de Castro Lima - SEMA-BA/DAF - plinio.castro@sema.ba.gov.br -(71) 3115-9823. Josenilson L. Da Silva – APNE - jlsilva_84@hotmail.com - (81) 9962-5053. Jankiel Moreira - INCRA-PI - jankiel.moreira@tsa.incra.gov.br - (86) 9989-4075. Isabelle M. J. Meunier - Departamento de Ciência Florestal – UFRPE - meunier@hotlink.com.br (81) 8500-7292. Rute Berger - Departamento de Ciência Florestal – UFRPE - ruteberger@yahoo.com.br (81) 9664-3860. Patrícia P. Mattos - EMBRAPA Florestas - povoa@cnpf.embrapa.br - (41) 3675-5625. Alípio Carvalho Filho - EMA/CERBCAAPE - alipiocfilho@yahoo.com.br - (81) 9189-1021 - (81) 3231-3839. Simone Miranda - PRORURAL - simone.miranda@prorural.pe.gov.br - (81) 8506-6949. Christianne Tores de Paiva - Gerente UCNF/CPRH - christiannetorres@gmail.com - (81) 8824-7250. José Paulo Rosa de Oliveira - CMDRS/Serra Talhada - cmdrs.serratalhada@hotmail.com - (87) 3831-1074 - (87) 9938-0126. Marcos José da Rocha - Associação Vila Bela - (87) 9935-6050. Jailson J. Lemos - Associação Pipocas - (87) 9633-3136. José Luiz Vieira C. Filho – APNE - jlvieira@gmail.com - (81) 9619-6595. Luiz Djalma - Associação Vila Bela. Antônio João da Rocha - Associação do Cachauí - antoniojoaodarocha@yahoo.com.br - (87) 9127-4970. Rivaneide Lígia A Matias - CECOR - riva@cecor.org.br - (87) 3831-2385. Felipe Carlos P. Almeida - SOS. Sertão - felipe.eng.florestal@hotmail.com - (84) 8812-6953. Ronaldo Cézar Bonfim Santos - UDCF/DRFB/CPRH - ronaldo.cezar@cprh.pe.gov.br (81) 3182-8927. José da Luz Alencar - IBAMA/Salgueiro - jucaibama@hotmail.com - (87) 3182-8927. (87) 9934-4889. Bruno Nunes - ITERPE - brunon2009@hotmail.com . Rosimeri Beatriz S. Gomes STR Serra Talhada rosimeristr@hotmail.com. Edilberto Carvalho - ITERPE - edilberto_bebeto@hotmail.com - (87) 9618-2147. Valderedes Martins da Silva - IPA- Arcoverde - valderedes@hotmail.com - (81) 9972-0125. Anexo II. Resultados dos grupos. Grupo 1 - Agricultores Participantes: Jankiel, Bruno, Josenilson, Jailson, Luiz, José Paulo, Rosimeire, Peter,Amélia. 1. Qual é o estado atual ou o avanço no conhecimento sobre manejo da caatinga e quais são as lacunas? 1. Estado atual Bom andamento Fonte de Renda Evita o êxodo 2. Lacunas Divulgação Nivelamento entre os órgãos de assistência técnica Uso adequado do solo Falta de informação sobre os valores das espécies Ciclo de corte 2. Como comunicar e divulgar o conhecimento sobre manejo da caatinga? Dia de campo Através dos órgãos do governo Rádio 3. Como integrar o manejo sustentável em políticas, normas e incentivos? 1. Incentivos Atuação MDA e MMA (existe ) Acesso aos fundos (lacunas) Dificuldade em acessar o PRONAF Florestal (lacuna) Fiscalização (o que fazer) Atores: Governo Instituições públicas e ONG's Agricultor familiar 2. Normas já existem manejo x desmate Fiscalização?! - foco no consumidor final (lacuna) Fazer... O que e como? Desburocratizar e simplificar Quem Órgãos ambientais Grupo 2 – Academia Participantes: Patrícia, Fernando, Rute, Isabelle, Ednilza e Gleymerson (comentários em itálico são comentários adicionais da Isabelle para melhor entendimento). 1. Qual é o estado atual ou o avanço no conhecimento sobre manejo da caatinga e quais são as lacunas? Estado atual a. Técnicas de manejo aplicadas de forma generalizada (desconsideração de especificidades da vegetação, solos, hidrologia, etc, nas prescrições do manejo). b. Ciclo de corte único (estabelecido por normativa, independe da destinação do produto e desconsidera as condições dos sítios); c. A estimativa de produção pela amostragem, como é realizada, não garante a produção definida para cada talhão (implicações na falta de controle da produção e na possibilidade de “esquente” de madeira clandestina). d. Exposição do solo (pelo corte raso) favorecendo a aceleração da mineralização da matéria orgânica do solo, interferindo na capacidade produtiva das espécies (efeitos desconhecidos na produtividade do segundo ciclo); e. Há a atuação de um responsável técnico (facilita responsabilização, capacitação, controle); f. Falta de controle da saída da produção (DOF) (PMFS são usados para gerar DOFs, usados indevidamente); g. Concorrência com a madeira clandestina (desvalorização do produto); h. O manejo atual é com autorização de corte raso sem qualquer restrição por espécie (busca autorização de supressão de vegetação e desconsidera a aptidão das espécies e seus diferentes usos e necessidades de proteção). Avanços no conhecimento (o que as pesquisas avançaram): a. O solo exposto acelera a mineralização da matéria orgânica em ecossistemas tropicais; b. Já existem informações sobre largura da faixa de corte, levantamentos dadistribuição de espécies, fenologia e respostas de determinadas espécies ao corte, porém são pontuais, não generalizáveis; Lacunas – Não existe um programa de pesquisa em manejo para definir as prioridades e as grandes linhas de pesquisa; • Linhas de pesquisa: – Zoneamento (sub) regional voltado ao manejo (fitofisionomia, edafologia, hidrologia) (base do ordenamento florestal); – Incentivar as pesquisas na área de sementes (banco de sementes, regeneração natural, dispersão, etc...). – Questões socioculturais devem ser avaliadas (devem se constituir em objeto de pesquisa); – A extensão florestal precisa ser criada (fortalecimento da extensão rural integrada); – Conhecimento da dinâmica das principais espécies florestais; – Prospecção de demandas atuais e potenciais de produtos florestais madeireiros e não madeireiros; – Definição de área e estoque mínimo para o manejo sustentável (levando em conta o zoneamento). – Definir (recomendar) percentual de árvores/espécies de interesse ecológico e com potencial de maior valor agregado, a ser mantido na área de produção (diâmetros maiores – usos múltiplos); – Valorizar os cuidados técnicos na elaboração, avaliação, condução e monitoramento dos PMFS. – Agregar valor a madeira legal (incentivos, política de preço mínimo para madeira certificada); – Identificar as espécies ameaçadas na região (e criar mecanismos de proteção). 2. Como comunicar e divulgar o conhecimento sobre manejo da caatinga? • Criação de programas de capacitação contínua de responsáveis técnicos, extensionistas e técnicos avaliadores; • Utilizar práticas de divulgação já vivenciadas com os grupos sociais (dia de campo, carrossel de conhecimentos, oficinas, etc.); • Valorização das funções ambientais de APPs e Reserva legal na divulgação do manejo; • Criação de uma cartilha ilustrativa com o passo-a-passo para a implementação prática do manejo, desde a elaboração do plano até sua implantação, contendo aspectos legais, de trâmites e técnicos, direcionado ao produtor. • Criar programas nos meios de comunicação, como o rádio, sobre questões relacionados aos recursos naturais da caatinga; • Divulgar experiências exitosas; • Criação de redes de informação que incentivem a publicação em meios de comunicação nacionais e internacionais. 3. Como integrar o manejo sustentável em políticas, normas e incentivos? • Promoção da certificação incluindo-se a criação de um selo verde; • Identificação de cadeias produtivas de produtos de maior valor agregado; • Valorização dos serviços ambientais (valoração e estratégias de PSA); • O manejo deve estar dentro de uma política de desenvolvimento regional e integrada; • Levar aos órgãos competentes as informações relevantes de resultados de pesquisas para serem inseridas na melhoria das técnicas aplicadas aos planos de manejo; • Estímulo e facilitação de organização de cooperativas de produtores florestais; • Incentivar a autoestima de quem trabalha com o manejo florestal (valorização do trabalho na atividade florestal); • Incentivar ONGs e demais instituições a implantar a prática de manejo florestal no estado (buscar inserir questões do manejo florestal nas ações/discussões do movimento social e conhecer as razões de sua baixa aceitação como prática de uso dos recursos ambientais). • Rigor no cumprimento da legislação trabalhistas pelos grandes produtores florestais; • Sugerir como plano de ação do estado a realização de estudos específicos e workshops para criação de lista com status de conservação das espécies florestais/PE. Grupo 3 - Entidades governamentais Participantes: Adelmo, José Cordeiro, Plínio, Simone, Christiane, Ronaldo, Juca 1. Qual é o estado atual ou o avanço no conhecimento sobre manejo da caatinga e quais são as lacunas? Não há conhecimento uniformizado no nível dos agricultores, órgãos ambientais, ONG's e extensionistas. O conhecimento é pontual, localizado e centralizado. Lacunas Falta de integração entre os órgãos de apoio técnico, de meio ambiente, agricultores e sociedade. Divulgação ineficiente das vantagens do manejo da Caatinga. 2. Como comunicar e divulgar o conhecimento sobre manejo da caatinga? Linguagem adaptada ao público alvo. Materiais devem ser elaborados por equipe multidisciplinar. Priorizar atividades práticas, tais como: Dias de campo: Articulação por ONG's Atividade contínua com calendários anuais, amplamente divulgados. Envolvimento do Município, Estado e Federação. Capacitação de agentes multiplicadores locais. Criação de fóruns de avaliação permanentes. 3. Como integrar o manejo sustentável em políticas, normas e incentivos? O que existe: Procedimentos do órgão ambiental. Lacunas Definição de legislação que discipline competências e fomentos. Divulgação dos procedimentos. O que e como fazer? Definir demandas específicas. Sensibilizar gestores públicos para elaboração de políticas que incentivem o manejo através da demonstração da sua viabilidade econômica (crédito de carbono, vinculação dos PM's aos PIF's). Padronizar procedimentos e uniformizar entre órgãos. Integração dos vários órgãos com o órgão ambiental. OBS: Leis, Fóruns, Oficinas, Acordo de cooperação técnicas, parcerias. Grupo 4 – ONGs, Sociedade civil, setor privado Participantes: Taciana, Alípio, Frans, Felipe, Homem Bom, Hamilton 1. Qual é o estado atual ou o avanço no conhecimento sobre manejo da caatinga e quais são as lacunas? 1. Existe conhecimento necessário para implantação P.M.F.S? É necessário melhorar o monitoramento (pelos os agricultores e ATEF) e dar continuidade aos estudos científicos (universidades e órgãos de pesquisa). Desconhecimento do que seja P.M.F.S pelos próprios técnicos, órgãos e população em geral. 2. Como comunicar e divulgar o conhecimento sobre manejo da caatinga? 1. Montar uma agenda de comprometimento entre os atores envolvidos: Órgãos ambientais Consumidores Órgãos de desenvolvimento rural e florestal. 2. Cursos de capacitação de manejo florestal da Caatinga para engenheiros florestais e outros a um nível que capacite os técnicos a elaborar e implementar planos de manejos. Dúvida: Manejo florestal deve ser tratado na assistência técnica rura, ou deve ter assistência técnica específica? 3. Articular e integrar o manejo florestal no planejamento energético. 4. Cartilhas, materiais áudio-visuais como complementos de meios de divulgação; contudo inserir através de meios presenciais (palestras, reuniões de sindicatos, conselhos municipais). 3. Como integrar o manejo sustentável em políticas, normas e incentivos? Incentivos: Isenção de taxas para implementação de PMF. Isenção de I.T.R. Isenção de ICMS para consumidores de produtos do MF. Priorizar os processos de manejo florestal na tramitação dos órgãos. Incentivos ao modelo do ICMS ecológico. Anexo III. Resumo da avaliação do Workshop Avaliação Ótimo Bom Regular Ruim Ótimo Bom Regular Ruim CONTEÚDO E PROGRAMAÇÃO 1. Relevância dos temas abordados 12 9 57% 43% 0% 0% 2. Tempo por tema abordado 6 15 29% 71% 0% 0% 3. Recursos utilizados (audiovisual, material,..) 15 6 71% 29% 0% 0% 4. Visitas a campo 9 12 43% 57% 0% 0% Comentários Os assuntos abordados e seus encaminhamentos não devem sofrer “soluções de continuidade”. Deve haver soluções em forma de propostas e ações concretas. E, além disso, deve haver ampliação desse evento a fim de que toda região inserida no bioma Caatinga possa ser contemplada e o evento tornar-se algo marcante, desafiador, impactante. Não deve ser uma ação tímida, mas assumir sua devida importância e relevância. / Claro, simplificado e bastante produtivo. / Que este workshop venha com mais freqüência. Workshop muito produtivo em relação aos assuntos abordados. / Que sejam realizados outros eventos do mesmo gênero, se possível em outras localidades como convite a outros educadores. / Gostaria de ver outros encontros deste tipo acontecer com freqüência. / A abordagem sobre PMFS com vários seguimentos de sociedade através de pessoas que realmente vivenciam a problemática. Mais foram colhidos também frutos que realmente são significativos. Que as conclusões aqui alcançadas sejam levadas às instâncias que decidem as políticas públicas a nível local, regional e nacional./ E necessário continuar com os debates, discussões num futuro próximo. De maneira geral foi bastante proveitoso. A entidade organizadora do evento está de parabéns pela relevância do tema. Eventos dessa natureza deverão ser desenvolvidos com a participação de todo os Estados do Nordeste. / Houve uma certa mistura de objetivos: apresentação do projeto madeiras, atualização do conhecimento sobre o manejo com participação da sociedade (produtores) e discussão dos desafios do manejo – esses objetivos não estavam , necessariamente, relacionados e os 2 primeiros deixaram a desejar (apresentação em inglês, com gráficos de pouca resolução para produtores rurais). Estes encontros devem ser mais freqüentemente realizados, como troca de experiências, tanto por parte dos produtores como por parte da academias, ONG's, órgãos governamentais e etc. / Temas abordados dentro do contexto da Caatinga foram excelentes, principalmente porque trouxe a visão e perspectiva dos diferentes atores – decisões para os próximos passos a serem tomados. / Talvez alguns temas abordados tenham sido um pouco complexos para algumas pessoas participantes, mas de qualquer forma não comprometeram a qualidade do workshop, que acredito terminou com uma boa estratégia de ação. Muito boa a idéia de divisão em grupos de interesse. Ótimo Bom Regular Ruim Ótimo Bom Regular Ruim. LOGÍSTICA E ORGANIZAÇÃO 1. Hospedagem 8 8 50% 50% 0% 0% 2. Alimentação 12 7 1 60% 35% 5% 0% 3. Transporte 8 9 47% 53% 0% 0% 4. Organização geral do curso 16 5 76% 24% 0% 0% 5. Visita de campo 12 6 1 63% 32% 5% 0% Comentários A APNE está de parabéns pela competência, seriedade, compromisso e profissionalismo que sempre foram sua marca registrada. A APNE é a melhor universidade do país para a formação de eng. Florestais. Deveria ter mais oficinas abordando esse tema. / A escolha do local e a logística tornou o evento muito proveitoso. / Organização simpática, mas a dormida foi prejudicada por arrastar cadeiras e mesas do auditório (culpa do hotel, é claro, que deve ser comentado aos responsáveis). A comida do hotel precisa melhorar! Da parte da APNE tudo ótimo! / A visita de campo pareceu um “pretexto” para a reunião, se era para discutir PMFS, que fosse feita uma visita a um Plano e não a um experimento que não adotou nenhuma pratica de manejo. Como sugestão, as discussões aqui utilizadas devem ser formalizadas para que eventos dessa natureza possam ter ainda mais relevância e respeito. /Os itens hospedagem e transporte não tenho nenhum comentário – não foi utilizado! Concluindo, esse evento foi de grande importância, as lacunas que tinha sobre o manejo foram solucionadas, porém temos muito que avançar. Anexo IV. Memória fotográfica Início do Workshop com apresentação dos participantes e da programação Visita de campo à área experimental na Estação do IPA em Serra Talhada Apresentação de Peter Gasson sobre anatomia da madeira das espécies Apresentação de Patricia P. Mattos sobre dendrocronologia das espécies Plenária para discussão da visão dos agricultores. Plenária para discussão da visão dos agricultores Trabalho de grupo: Grupo 1 - Agricultores Trabalho de grupo: Grupo 2 - Academia Trabalho de grupo: Grupo 3 – Entidades governamentais Trabalho de grupo: Grupo 4 - ONGs Momento de descontração – intervalo para lanche Gravação pela emissora regional de TV.

Aventura Selvagem em Cabaceiras - Paraíba

Rodrigo Castro, fundador da Associação Caatinga, da Asa Branca e da Aliança da Caatinga

Bioma Caatinga

Vale do Catimbau - Pernambuco

Tom da Caatinga

A Caatinga Nordestina

Rio São Francisco - Momento Brasil

O mundo da Caatinga